Sistema une plantio de florestas a frutíferas, equilibra ecossistema e cultivo sustentável; empresa é selecionada para aceleração da AMAZ e dará apoio a pequenos produtores
Sustentabilidade não é oposto de rentabilidade. Essa á a bandeira defendida pela Floresta S.A., empresa que usa recursos de grandes investidores e empresas interessadas em ações ESG para implementar agroflorestas e aumentar a renda e a performance econômica e socioambiental de pequenos produtores amazônicos. O modelo associa a produção de alimentos à conservação da floresta em pé, colaborando, assim, para o equilíbrio do ecossistema e redução dos impactos ao meio ambiente.
"Uma forma inteligente de conter mudanças climáticas indesejadas é migrar do modelo econômico que explora e desmata para um modelo que preserva e regenera", afirma Thiago Campos, CEO da empresa. Em uma fazenda piloto de 200 hectares em Iracema (RR), extremo norte da Amazônia Legal brasileira, a Floresta S.A. implementou um sistema agroflorestal de 40 hectares que inclui culturas anuais como o açaí, banana, cacau e castanha do Brasil, além de espécies madeireiras nativas e exóticas como o pau de balsa, mogno africano e a teca. Esse modelo é inspirado na dinâmica dos ecossistemas naturais, onde espécies florestais interagem com culturas agrícolas diversas e promovem um ciclo virtuoso de matéria orgânica no sistema. Como resultado, há recuperação da fertilidade do solo, redução de erosão, melhora da qualidade da água e maior absorção de carbono do ar.
Para as famílias do campo, a diversificação das culturas garante a colheita em todos os anos, possibilitando resiliência climática e econômica com acesso a novos mercados. "Muito do desmatamento da Amazônia é causado por falta de acesso a sistemas produtivos eficientes. A falta de conhecimento e suporte técnico faz muitos produtores desmatarem para ganhar um dinheiro rápido, mas a verdade é que eles ganhariam muito mais se conhecessem a bioeconomia e pensassem no médio e longo prazo", aponta Campos.
Com a missão de pulverizar na Amazônia um modelo agroflorestal escalável e lucrativo, a Floresta S.A. pretende apoiar pequenos produtores na adoção de melhores práticas no campo, aumentando a renda das famílias e estimulando a permanência na área rural por meio de atividades que, não apenas conservem a floresta em pé, mas também promovam o reflorestamento. Para envolver a comunidade local, a empresa tem a proposta de criar um programa de integração para financiar a implementação de agroflorestas junto a parceiros, utilizando tecnologia de plantio e manejo -- desde a qualidade das mudas até adaptações aos maquinários, sistemas de irrigação e de monitoramento da produção. "Uma iniciativa, sozinha, não consegue mudar o mundo, mas iremos fomentar esse movimento, inclusive om o apoio de indústrias e de financiadores privados ou públicos que desejem melhorar seus indicadores ESG", diz o CEO.
Criada em 2021, a Floresta S.A. conquistou o aval de grandes investidores engajados em causas ambientais, como o empresário Denis Benchimol Minev, CEO da rede varejista Bemol e um dos principais conhecedores da Amazônia - fundador das ONGs Museu da Amazônia, Fundação Amazonas Sustentável e Parceiros pela Amazônia. Com os olhares voltados ao ESG ("environmental, social and governance", que mede as práticas ambientais, sociais e de governança de uma empresa), a expectativa é a de que os esforços para equilibrar o ecossistema ganhem cada vez mais força - ainda mais depois da divulgação de documentos como o Relatório de Riscos Globais 2021, do Fórum Econômico Mundial, que alerta para os riscos ambientais. "De forma geral, as pessoas estão cada vez mais informadas e conscientes sobre a importância de alinhar ganhos financeiros à preservação do meio ambiente e de questões sociais", analisa Campos.
Floresta S.A. é destaque em programa de negócios amazônicos
A Floresta S.A. é uma das seis selecionadas no processo de aceleração da AMAZ, aceleradora de impacto da Amazônia que apoia negócios, empreendedores e startups de impacto com atuação na região amazônica. A empresa recebe mentoria empresarial da aceleradora liderada por Mariano Cenamo e pode receber investimentos de até R$ 600 mil.
"Com os olhos do mundo na BioEconomia, o diferencial competitivo do Brasil é a floresta Amazônica. Estamos muito animados com a entrada da Amaz em nosso negócio, já que dá ainda mais credibilidade às nossas ações e facilita que patrocinadores tenham segurança para aportarem seus recursos na implementação das agroflorestas nos pequenos produtores que queremos ajudar", diz Campos.