Liconic inova na América Latina com drones de sistema híbrido a etanol

Liconic inova na América Lati

Para o setor aéreo, a implementação do sistema híbrido representa uma média de 40% de redução de custos, considerando todos os insumos da solução elétrica (energia + bateria) e da solução híbrida (horas de uso + biocombustível)

 

Pioneira em inovação e com uma proposta de mercado que visa revolucionar o setor da mobilidade elétrica, a Liconic se consagra como a primeira startup do segmento drone (RPAS) a trazer para a América Latina uma tecnologia testada de hibridização de frotas elétricas a base da bioenergia brasileira: etanol. Com essa proposta, é possível obter resultados expressivos em aspectos relevantes como: custo, autonomia, matriz energética e sustentabilidade, visto que se trata de carbono negativo.

 

Pedro Junior, co-founder of Ground Mobility, destaca alguns dos principais benefícios do sistema híbrido a etanol e reforça que estes também envolvem questões ecológicas. "Para o setor aéreo, a implementação desse sistema representa uma média de 40% de redução de custos, considerando todos os insumos da solução elétrica (energia + bateria) e da solução híbrida (horas de uso + biocombustível)", revela. "Em questão ecológica, em visão numérica, com o etanol, é possível atingir um certo nível de carbono negativo. No caso do elétrico, em comparação, seria necessário adicionar uma tratativa complementar para obter tal índice", acrescenta.

 

Liconic: conceito, proposta e prática

 

A Liconic surgiu do trabalho de conclusão de curso da faculdade de engenharia mecânica do founder/CEO João Vitor Arruda (Jovis Arruda) -- inicialmente, apenas focado em aumentar o tempo de voo e reduzir o custo operacional de grandes drones de pulverização para o setor agrícola. "Depois de uma extensa pesquisa da parte mercadológica, bem como da parte tecnológica, ficou claro que a dor latente não era necessariamente aumentar o tempo de voo, mas, sim, diminuir a necessidade do uso das baterias, por causa do seu custo e da sua complexidade -- sem contar a questão da dificuldade de descarte e de reciclagem destas baterias no Brasil", revela Pedro.

 

Etanol: uma aposta no futuro

 

A escolha do etanol, para esse modal aéreo, se fez por uma visão estratégica de mercado, a partir de uma análise da tendência de transição mundial para energias renováveis. "Com base em um estudo, concluímos que não faria sentido criar um produto a gasolina, que não terá espaço no mercado futuro. Logo, a preocupação com a sustentabilidade e com a empatia do setor de drones agrícolas pelo uso do etanol fez com que essa estratégia fizesse ainda mais sentido", explica o especialista em last mile, drone delivery e mobilidade urbana da Liconic.

 

Mobilidade elétrica no Brasil: uma análise dos desafios e oportunidades

 

Ao falar sobre mobilidade elétrica, um dos aspectos mais relevantes é a proposta sustentável. Para a Liconic, esta será a palavra de ordem no futuro do segmento. "No momento atual, enxergamos que estão ocorrendo diversas importantes discussões sobre o tema 'sustentabilidade', e todas consideram o viés de viabilidade econômica, tanto no escopo governamental, quanto no econômico e no mercadológico. Em suma, toda e qualquer solução deve fazer sentido para todos os stakeholders envolvidos, sendo eles os políticos, a economia do país, os clientes, a população e o meio ambiente", aponta Jovis Arruda, CEO da Liconic.

 

"Assim como em outros contextos, por vezes, o Brasil carece de uma postura própria, sobre resoluções de problemas em geral, e prioritária, sobre resoluções que sejam realmente efetivas para a sua população. Por diversos motivos, acabamos seguindo tendências de outras nações e aplicando soluções que não complementam totalmente as necessidades e as condições do nosso País", destaca.

 

Com base em uma profunda análise de mercado, Jovis chama atenção para um ponto altamente relevante para o segmento. "O desafio atual é dimensionar uma solução ecológica e economicamente sustentável -- um balanço importante e elementar para que o País conquiste uma melhor disposição econômica, típica de um País desenvolvido", complementa o engenheiro.

 

"Ser detentora de bases tecnológicas e das cadeias produtivas, assim como de tudo o que for produzido e consumido dentro do País são aspectos inerentes a uma nação desenvolvida. Apenas dessa forma, ela se coloca em condições favoráveis para manter a estabilidade econômica e não depender de fatores externos, principalmente do subsídio de dinheiro de outras nações, necessário para se fazer comércio internacional", afirma o engenheiro.

 

Por fim, o CEO de Liconic apresenta um caminho para que este desafio encontre uma solução eficaz e sustentável. "Para alcançarmos esse objetivo, devemos focar nas ferramentas que o Brasil detém. É aí que entra o etanol, tornando viável o atingimento de ambas as metas, ecológicas e econômicas", finaliza Arruda.



Foto divulgação: Motor 24

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