Você sabe qual a diferença entre fertilizantes e agrotóxicos?

Você sabe qual a diferença e

Por: Valter Casarin

Você em algum momento já pensou que fertilizante e agrotóxico são a mesma coisa? Esses insumos são geralmente confundidos e a maneira mais simples de explicar a diferença entre eles é a seguinte: quando o solo não contém todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento das plantas, é necessário fornecê-los na forma de fertilizantes, que por sua vez, nada mais são do que misturas de compostos nutricionais, como por exemplo, potássio, fósforo e cálcio, destinados a aumentar o rendimento e a qualidade das culturas agrícolas. E quando as plantas são vítimas de parasitas, pode ser necessário tratá-las com defensivos agrícolas, também chamados de agrotóxicos. É importante destacar que o uso pode ser ainda uma ação de prevenção.

Para aprofundarmos melhor o conhecimento sobre os dois produtos é necessário esclarecer, que os fertilizantes são qualquer material de origem natural ou sintética aplicados ao solo ou tecido vegetal para fornecer nutrientes às plantas. Eles estão disponíveis em muitas formas e são amplamente utilizados para promover o crescimento delas e aumentar a produção agrícola. Já, os agrotóxicos são usados para proteger as culturas agrícolas contra várias ameaças, a fim de limitar o risco de perda de colheitas e, portanto, melhorar o rendimento. 

Os agricultores podem usar diversos tipos de defensivos agrícolas, como: herbicidas, para capinar culturas, de forma a combater as plantas daninhas que competem com as culturas; inseticidas, para controlar insetos e pragas que atacam as lavouras, como moscas que põem ovos nas frutas; fungicidas, para combater os fungos causadores de doenças nas plantas, e bactericidas, para combater doenças provocadas por bactérias. Existem também outros produtos para controlar ácaros (acaricidas), nematoides - um tipo de verme que ataca raízes (nematicidas), entre outras pragas e doenças. O tipo de agrotóxico usado depende da natureza da cultura e das ameaças identificadas pelos agricultores. Assim, por exemplo, a batata é frequentemente tratada com fungicidas, pois é extremamente vulnerável à requeima, fungo que a mata.

Enquanto os fertilizantes são usados diariamente pelos produtores rurais para nutrir as plantas e estimular seu crescimento. Esse insumo contém nutrientes essenciais necessários às plantas, incluindo nitrogênio, fósforo e potássio. Entretanto, a utilização excessiva de fertilizantes também acarreta riscos para a saúde e para o ambiente (fenômeno de lixiviação, poluição da água potável por nitratos, eutrofização da água). Por isso, é fundamental aplicar a dose correta, mesmo quando se utilizam produtos naturais, pois plantas super alimentadas ficam mais suscetíveis a doenças e pragas. 

É importante destacar também que existem dois tipos principais de fertilizantes: mineral e orgânico, que geram uma pergunta muito comum: orgânico é melhor do que o mineral? Ambos têm suas vantagens e desvantagens. De uma maneira geral, o fertilizante mineral tem maiores teores de nutrientes, já o orgânico adiciona muito mais do que apenas nutrientes ao solo, ou seja, aumenta a atividade de microrganismos no solo.

Diante de todos esses pontos destacados, os fertilizantes minerais e agrotóxicos são amplamente utilizados na nossa agricultura para melhorar o rendimento das culturas. No entanto, é preciso ter equilíbrio, pois o uso excessivo destes insumos implica em poluição ambiental e problemas de saúde humana. Por isso, a iniciativa Nutrientes para a Vida recomenda o uso eficiente dos fertilizantes e agrotóxicos. Usar eficientemente os fertilizantes e defensivos agrícolas significa usar a fonte correta, na dose correta, no lugar correto e na época correta. É dessa maneira que iremos provocar os menores impactos sobre o ambiente e na saúde humana.

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