O que há de novo na Fenasucro & Agrocana 2022?

Edição deste ano, que foca o tema da sustentabilidade, reúne inovações que pretendem, em breve, integrar o mercado sucroenergético

O que há de novo na Fenasucro

A 28ª edição da FENASUCRO & AGROCANA - maior feira do mundo voltada exclusivamente ao setor de bioenergia – apresentará as principais tendências e novidades entre os dias 16 e 19 de agosto, no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho.

E com foco na pauta da sustentabilidade que vai do campo à indústria, baseada na agenda global de ESG, a feira traz em sua plataforma de tecnologias as principais inovações que, inclusive, atraem compradores do mercado mundial. Isso porque a edição deste ano receberá mais de 40 mil visitantes compradores do Brasil e de 23 países que devem fomentar R$ 5 bilhões em negócios. 

De acordo com o diretor da Fenasucro & Agrocana, Paulo Montabone, muitas dessas tecnologias foram pensadas justamente para reduzir o consumo de combustíveis fósseis, minimizando o efeito estufa e a emissão de gases na camada de ozônio.

"Pensar processos que proporcionem mais qualidade de vida e exijam menos da natureza é uma tarefa desafiadora e urgente, pois, apenas assim, teremos um planeta melhor para todos e com compromissos ambientais mais factíveis a médio e longo prazo", define. 

A Fenasucro & Agrocana contará com a exposição de mais de 3 mil produtos nacionais e internacionais em sua plataforma de alternativas e soluções para o setor de bioenergia. 

Dentre as inovações estão: 

Diesel de cana-de-açúcar: parece um contrassenso que os caminhões usados na cadeia produtiva de etanol sejam movidos à diesel, que é um derivado fóssil. E diante dessa questão, que seria um limitador à energia 100% limpa e sustentável fornecida pelas usinas, surgiu o diesel de cana-de-açúcar, uma vertente química intermediária que pode ser obtida do etanol gerando, primeiramente, o N-Butanol para enriquecer o produto. 

Após esse processo, ele é misturado a um aditivo próprio que transforma o etanol em um combustível substituto do Diesel, que pode ser usado nos veículos atuais, sem a necessidade de modificações nos motores.

O trabalho é resultado de 10 anos de pesquisas realizadas em laboratórios de universidades de Curitiba (PR) e que garante conversão energética semelhante ao diesel comum. Dentre os benefícios está a durabilidade dos bicos de injeção e dos motores, que é muito maior por se tratar de um combustível limpo.

Segundo o desenvolvedor do "diesel verde", o custo de produção também é um ponto positivo, pois, a depender do valor relativo do etanol em relação ao diesel fóssil, o combustível à base de cana-de-açúcar pode reduzir os custos com colheita e transporte, que representam até 10% do faturamento bruto das usinas.

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