Governo Federal Aciona Polícia Federal para Investigar Queimadas em São Paulo

"Governo Federal Intensifica Ações contra Incêndios em São Paulo e Aciona Polícia Federal para Investigar Possível Origem Criminosa"

26/08/2024

Governo Federal Aciona Políci

O governo federal tomou medidas enérgicas para enfrentar a grave situação das queimadas que se espalharam por São Paulo nesta semana. A Polícia Federal (PF) foi acionada para investigar a possível origem criminosa dos incêndios, uma ação confirmada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, neste domingo (25). Ela esteve na sede do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) em Brasília, onde detalhou as ações do governo.

Marina Silva destacou que há uma forte suspeita de que as queimadas possam ser resultado de uma ação criminosa orquestrada, semelhante ao "dia do fogo" de 10 de agosto de 2019, quando mais de 470 propriedades rurais foram incendiadas por grupos organizados. "Estamos enfrentando uma verdadeira guerra contra o fogo e a criminalidade", afirmou a ministra. Ela ressaltou a atipicidade da situação, com vários municípios enfrentando incêndios simultaneamente em um curto período, o que não é comum em sua experiência de combate ao fogo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também participou da reunião na sala de situação do Prevfogo, estabelecida há dois meses para monitorar os incêndios em tempo real. Lula garantiu que o governo federal está mobilizando recursos e ações para controlar as chamas, que são descritas como extremamente difíceis de apagar. "Acabamos de apagar um incêndio e, quando voltamos, ele recomeça", comentou o presidente.

Além de Lula e Marina Silva, estiveram presentes o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, e o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. Eles passaram cerca de uma hora na sala de situação, monitorando os incêndios por meio de imagens de satélite.

Marina Silva enfatizou que a situação em São Paulo é alarmante e que o governo não pode permitir a continuidade das queimadas. "É preciso parar de atear fogo. O fogo não é estadual nem municipal, é um fogo que prejudica o Brasil como um todo", apelou a ministra.

O governo federal tem se preparado desde o início do mandato de Lula para lidar com um possível aumento nas queimadas, o que, segundo Marina Silva, demonstra que não há falha na gestão atual. Ela também mencionou o envio da aeronave KC-390 da Força Aérea Brasileira (FAB) para auxiliar no rescaldo, embora sua atuação ainda esteja impedida devido à intensa fumaça.

Investigações em Curso

O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, confirmou que existem atualmente 31 inquéritos para investigar condutas criminosas relacionadas aos incêndios na Amazônia, além de 20 inquéritos no Pantanal e duas investigações específicas para o estado de São Paulo. Rodrigues destacou que as 15 delegacias da PF no interior paulista estão mobilizadas para identificar os responsáveis pelas queimadas. A PF utiliza ferramentas avançadas para rastrear imagens de satélite e identificar a origem dos focos de calor, o que deverá auxiliar substancialmente nas investigações.

No domingo (25), o governo paulista informou que 21 cidades estão com focos de incêndio ativos e outras 46 cidades estão em alerta máximo para uma possível aproximação das chamas. A fumaça dos incêndios tem afetado também outras regiões do país, como Brasília, Goiânia e Belo Horizonte, devido aos ventos favoráveis que transportam a fumaça para as áreas centrais.

Para enfrentar a crise, o governo mobilizou um número recorde de brigadistas e enviou helicópteros da Marinha e do Exército para auxiliar no combate aos incêndios em São Paulo. O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, acompanhou a situação no Prevfogo junto com o presidente Lula e a ministra Marina Silva, monitorando os incêndios em tempo real.

A resposta coordenada do governo federal visa não apenas combater os incêndios em curso, mas também prevenir futuros incidentes e assegurar a integridade dos recursos naturais brasileiros.

Foto: Fábio Júnior/EPTV