A Bahia se prepara para um avanço significativo na safra de grãos e fibras, especialmente de soja e algodão, conforme aponta o 5º Levantamento da Safra 2024/2025 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Mesmo diante dos desafios climáticos, o estado projeta um crescimento de 6,3% na produção total de grãos, impulsionado pelas chuvas mais frequentes e intensas registradas nos últimos meses de 2024.
Entre as principais culturas, a soja se destaca com um crescimento esperado de 12,8%, enquanto o algodão deve avançar 9,9%. Por outro lado, a expectativa é de queda de 10,1% na produção de milho, o que exige atenção dos produtores para estratégias de mitigação dos impactos.
Para Manoel Álvares, gerente de inteligência da ORÍGEO – joint-venture entre a Bunge e a UPL –, o aumento projetado na produção de soja reflete a capacidade do setor agrícola baiano de se adaptar às variações climáticas e buscar maior produtividade.
A busca por maior eficiência e resiliência diante dos desafios climáticos tem impulsionado a agricultura regenerativa como estratégia para a produtividade sustentável. Segundo Igor Borges, head de sustentabilidade da ORÍGEO, essa abordagem melhora não apenas o rendimento das lavouras no curto prazo, mas também fortalece o sistema produtivo a longo prazo.
“Ao adotar práticas como rotação e diversificação de culturas, uso de biológicos e biossoluções, plantio direto e cobertura vegetal, os produtores conseguem mitigar os impactos das mudanças climáticas e garantir maior estabilidade e rentabilidade no futuro”, destaca Borges.
A expectativa é que cada vez mais produtores baianos adotem sistemas agrícolas sustentáveis, tornando suas lavouras mais resilientes e produtivas. Com as oscilações na intensidade das chuvas a cada safra, o setor precisa se adaptar constantemente para garantir bons resultados.
“A agricultura regenerativa surge como mais um recurso para que os produtores enfrentem os desafios climáticos e tornem suas lavouras mais preparadas para o futuro”, conclui Borges.