O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 3,4% em 2024 em relação ao ano anterior, alcançando um total de R$ 11,7 trilhões em valores correntes. O PIB per capita também apresentou avanço, atingindo R$ 55.247,45, o que representa um crescimento real de 3,0% na comparação anual.
A expansão do PIB foi impulsionada pelo aumento de 3,1% no Valor Adicionado a preços básicos e pelo crescimento de 5,5% no volume de Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. Entre os setores econômicos, a Indústria registrou um crescimento de 3,3%, enquanto os Serviços avançaram 3,7%. Em contrapartida, a Agropecuária recuou 3,2%, impactada por condições climáticas adversas que afetaram culturas importantes, como soja (-4,6%) e milho (-12,5%).
A taxa de investimento no país cresceu para 17,0% do PIB em 2024, frente a 16,4% em 2023. A taxa de poupança, por outro lado, caiu de 15,0% para 14,5% no mesmo período.
Desempenho setorial
Na Indústria, a Construção se destacou com um crescimento de 4,3%, impulsionado pelo aumento da ocupação no setor, da produção de insumos típicos e pela expansão do crédito. As Indústrias de Transformação cresceram 3,8%, puxadas pela produção de veículos automotores, equipamentos elétricos e produtos alimentícios. As Indústrias Extrativas também tiveram leve alta de 0,5%.
No setor de Serviços, todas as atividades cresceram, com destaque para o segmento de Informação e Comunicação (6,2%) e Outras Atividades de Serviços (5,3%). O Comércio apresentou crescimento de 3,8%, enquanto o setor de Atividades Financeiras, Seguros e Serviços Relacionados avançou 3,7%.
Comparação trimestral
No quarto trimestre de 2024, o PIB apresentou uma variação positiva de 0,2% em relação ao trimestre anterior, com crescimento na Indústria (0,3%) e nos Serviços (0,1%), enquanto a Agropecuária recuou 2,3%.
Em relação ao quarto trimestre de 2023, o PIB avançou 3,6%, mantendo 16 resultados positivos consecutivos nessa comparação. A Indústria cresceu 2,5%, puxada pelas Indústrias de Transformação (5,3%) e Construção (5,1%). O setor de Serviços também registrou alta de 3,4%, com destaque para Informação e Comunicação (6,2%) e Transporte, Armazenagem e Correio (3,9%). Por outro lado, a Agropecuária caiu 1,5%.
Componentes da demanda
Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 7,3% em 2024, impulsionada pela produção interna e importação de bens de capital, além do crescimento da Construção e do Desenvolvimento de Software.
A Despesa de Consumo das Famílias aumentou 4,8% no ano, reflexo da melhora no mercado de trabalho, do aumento do crédito e dos programas governamentais de transferência de renda. Já a Despesa do Consumo do Governo cresceu 1,9%.
No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 2,9%, enquanto as Importações de Bens e Serviços subiram 14,7%, impulsionadas pela demanda por produtos químicos, máquinas e equipamentos.
Perspectivas
Com o crescimento de 3,4% em 2024 e os resultados positivos no setor industrial e de serviços, a economia brasileira demonstrou resiliência mesmo diante das dificuldades enfrentadas pelo setor agropecuário. Os avanços na taxa de investimento e na Formação Bruta de Capital Fixo indicam um ambiente favorável para expansão econômica nos próximos anos, com perspectivas de crescimento sustentado para 2025.