Nesta terça-feira (13), lideradas por Paulo Leal, presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), associações estaduais e regionais deste pujante setor agrícola nacional estarão na Câmara Federal, demonstrando aos deputados, sobretudo aos da Comissão de Minas e Energia, a importância da modernização da Lei do RenovaBio, por meio da aprovação do Projeto de Lei (PL 3149/20). O segmento é responsável pelo fornecimento de grande parte da matéria-prima do etanol, que é produzido pelas usinas, mas, mesmo assim, os agricultures ainda não recebem pelos benefícios socioeconômicos contidos nesta lei, o Crédito de Descarbonização (CBio).
"A indústria é relevante e deve continuar recebendo o CBio pelo etanol fabricado, mas os produtores de cana ou de outra biomassa, que são a matéria-prima para a produção desse biocombustível, não podem ser mais excluídos do RenovaBio. É uma distorção, sobretudo porque é somente no campo que se retira CO2 da atmosfera através do processo da fotossíntese", diz Leal.
A Feplana já tem uma agenda hoje com o relator do PL na Comissão de Minas e Energia, o deputado Benes Leocádio. O parlamentar é favorável à garantia dos CBios para os canavicultores e de outras biomassas no seu relatório, que ainda será apresentado. Na sequência, estarão com o deputado federal Rodrigo Castro, que é o presidente da Comissão. Depois, conversam com o presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, o deputado Pedro Lupion, que representa a bancada do agro na Câmara e no Senado Federal.
Além disso, as associações canavieiras estarão nos gabinetes dos deputados, sensibilizando-os sobre a importância da aprovação do PL, principalmente porque promoverá a justiça com quem produz a base do etanol, biocombustível brasileiro ante a gasolina (fóssil), gerando riqueza e protegendo a natureza e a sociedade.