Em reunião, ontem, 23, durante reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária (AFCP) com o Ministério da Agricultura (Mapa) sobre a demora e indefinição dos recursos do Plano Safra, as entidades do setor produtivo puderem debater sobre a necessidade da urgência do lançamento do plano e de mais recursos. O Secretário Adjunto de Politica Agrícola do Mapa, Wilson Vaz, garantiu que os recursos do Plano Safra serão liberados no volume esperado, mas não anunciou.
A Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana) reforçou que todo o setor agro carece de taxas de juros menores ao da última safra e o aumento, também, dos valores disponibilizados para equalização das taxas de juros.
Embora não tenha sido posto na reunião, a Feplana entende que existe uma necessidade da criação de um plano específico para o setor canavieiro. "Pois, precisa considerar a questão do biocombustível e seu benefício social e ambiental à sociedade, as flutuações de preços e as características e riscos dessa cultura agrícola com vida útil de até 6 ciclos e apenas uma safra por ano", explica José Severo, assessor técnico da entidade canavieira que representa mais de 60 mil canavicultores pelo Brasil.
"O fato concreto, no entanto, é que até o momento atual, é que teremos uma safra complicada com preços baixos e custos altos. Portanto, as taxas de juros serão primordial para o êxito do plano. E tem que ser compatível com a atividade agrícola. Por isso defendemos que seja levado em conta as questões da cana", diz Paulo Leal, presidente da Feplana.
Bel Coutinho
Foto capa divulgação Bunge