Deputados federais e senadores ligados ao setor agropecuário voltaram a tratar das invasões de propriedades rurais pelo Movimento Sem Terra (MST), na reunião da Frente Parlamentar do Ramo (FPA) nesta terça-feira (25).
Desta vez, com a presença de governadores de diferentes regiões do país e de entidades nacionais do agro, a exemplo da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana).
Uma CPI que deve investigar as invasões criminosas foi cobrada outra vez e a resposta sobre a sua instalação já pode ser anunciada na próxima semana, pelo presidente da Câmara Federal, o deputado Arthur Lira (PP-AL). A informação foi repassada pelo líder da FPA, o deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), crítico das invasões pelo MST.
Paulo Leal, presidente da Feplana, órgão de classe que representa mais de 60 mil famílias de canavicultores no território nacional, observa que a insatisfação já extrapola ao setor dos produtores rurais, chegando aos governadores de estados. Vários deles demonstraram tal posição na reunião.
"Tem que se colocar mesmo um ponto final nessas invasões e que a lei deve ser aplicada",
disse o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, sendo apoiado pelo governador do Paraná, Ratinho Júnior, que mostrou indignação inclusive com a dificuldade para realizar a reintegração de posse após a invasão devido toda à complexidade criada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Para ser ter uma efetiva proteção da terra e da propriedade privada, o Estado precisa ser atuante e estar articulado e agir com inteligência e previamente. "Precisam de um sistema de informação para antecipar e se ter as estratégias em conjunto com a Polícia Militar" disse o governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Ele disse que esse tipo de iniciativa, por sinal, já tem sido implementado no seu estado e vem diminuindo as invasões de terra e outros crimes significantemente.