Da Redação
A EDP, empresa que atua em todas as áreas de negócios do setor elétrico brasileiro, registrou em 2022 um EBITDA (lucro antes de taxas, impostos, depreciação e amortização) de R$ 5,3 bilhões, que representa um aumento de 22% em relação a 2021, e reflete a eficiência operacional da empresa, mesmo diante de um ambiente macroeconômico desafiador.
O Lucro Líquido reportado foi de R$ 1 bilhão, reflexo do reconhecimento da imparidade de R$ 1,2 bilhão em Pecém, fato já oportunamente comunicado e que não impactará a capacidade da empresa na geração de caixa, no pagamento das dívidas ou obrigações financeiras, e no atendimento à política de dividendos. Desconsiderando os efeitos não recorrentes, o Lucro Líquido ajustado atingiu R$ 1,3 bilhão, um aumento de 14,2% em relação ao último exercício.
Em distribuição, o ano foi marcado novamente pela ampliação dos investimentos, que resultaram, inclusive, na adição de 10 novas subestações às áreas de concessão da empresa em São Paulo e no Espírito Santo. A conclusão do processo de revisão tarifária da EDP ES também foi destaque ao gerar uma glosa de apenas 0,18%, o menor índice da história, que passou a ser referência para todo o setor, além de refletir a eficiência, a otimização e a capacidade técnica da EDP.
A fim de concretizar sua estratégia de possuir um portfólio mais balanceado de geração, ou seja, com menos exposições aos riscos hidrológicos, a empresa realizou a venda da Usina de Mascarenhas. Segundo o ranking nacional do regulador Aneel, são da EDP as duas melhores geradoras do país - Enerpeixe e Lajeado. No quesito financeiro, o ano foi marcado pela reestruturação da dívida de Pecém com taxas competitivas de mercado. Adicionalmente, a usina do Ceará foi pioneira ao produzir a primeira molécula de hidrogênio verde da América Latina, por meio de um projeto de Pesquisa & Desenvolvimento, que traduz para a prática a estratégia da EDP em liderar a transição energética e inovar dentro do setor elétrico.
Em transmissão, a aquisição da EDP Goiás se concretizou com eficiência e em tempo recorde. Em menos de 100 dias o processo de transição foi concluído permitindo a integração de 100% do ativo aos sistemas da empresa, garantindo sinergias importantes e agilidade na condução do negócio. A entrega antecipada de lotes de transmissão, uma das marcas registradas da EDP, foi mantida em 2022 com a conclusão de obras em diversos estados. A energização dessas linhas representa 90% da RAP total do portfólio. No último trimestre, a empresa avançou também com um novo investimento, ao vencer o lote 2 do último leilão realizado pela Aneel. Localizado em Rondônia, este é o segundo empreendimento da EDP no estado, uma linha de 188 quilômetros de extensão que ligará as cidades de Porto Velho a Abunã.
Na estratégia de crescimento em energia solar, a geração distribuída remota compartilhada se consolidou como o foco da EDP nesse segmento devido aos seus grandes avanços e resultados. A empresa desenvolveu um modelo de negócio para implementar fazendas solares de energia remota compartilhada que contribui para levar energia limpa e economia para pequenas e médias empresas. Com a resposta positiva do mercado, o objetivo é expandir as unidades produtoras a regiões atendidas em 2023. Também em 2022, a EDP anunciou um novo projeto fotovoltaico de larga escala com capacidade de 255 MWac e previsão de entrada em operação em 2024. Com essas ações, a empresa encerrou o ano com cerca de 450 MWac em seu portfólio, um avanço significativo rumo a meta de 1 GW de geração solar no Brasil até 2025.
Os dividendos referentes ao ano de 2022 e aprovados pelo Conselho de Administração totalizam R$ 804,4 milhões, o que corresponde a R$ 1,42 por ação. O payout será de 50% do Lucro Líquido ajustado enquanto o índice de dívida líquida/EBITDA ajustado é de 2,4x, indicadores estes que atendem a Política de Dividendos divulgada em 2020 pela EDP.
“É com grande orgulho que apresento os resultados gerados pela EDP em 2022. Nossas entregas são coerentes, sólidas e totalmente aderentes ao nosso Plano de Negócios para geração de valor. A excelência na execução e a eficiência operacional permitiram que tivéssemos conquistas significativas em cada uma das nossas áreas de atuação. Por tudo isto, agradeço às quase 12 mil pessoas que constroem a EDP a cada dia e estou confiante de que 2023 será um ano desafiador e relevante para a nossa estratégia de crescimento, que tem sempre como base a sustentabilidade e a excelência”, destacou João Marques da Cruz, CEO da EDP Brasil.
Foto divulgação: FGV