A usina bioenergética em Timbaúba/PE da Cooperativa Agroindustrial dos Fornecedores de Cana (Coaf) mudou o seu mix nesta safra radicalmente. Deixou de lado o etanol combustível (hidratado) e fez altos investimentos para produção de cachaça e açúcar. Em poucas semanas em atividade, a moagem de cana está 94% maior que no mesmo período da safra passada. E superará e muito a fabricação de açúcar da última safra, que foi de 13,2 mil toneladas. A meta atual é de chegar a 50 mil toneladas. O foco é o mercado interno. E para isso, desde ontem (20), passou a comercializar em sacos de 50 kg também, somando-se às opções de fardos Begs e exportação de VHP.
A aposta em sacos de 50 kg integra a estratégia da Coaf em avançar no mercado local que prefere este tipo de embalagens e comercialmente. A produção diária é de 8 mil toneladas, cujas são enfardadas e ensacadas na unidade. A cooperativa produz açúcar com as marcas Timbaúba e Água Azul, mas ainda este ano deverá substituir o Timbaúba pela nova marca ``Coaf''.
Alexandre Andrade Lima, presidente da Coaf, explica que a reviravolta da produção da Coaf está em sintonia com variações do próprio mercado. "Deixamos o etanol hidratado por ele não ser mais viável comercialmente depois das mudanças tributárias, e passamos a apostar no açúcar e em seu mercado interno também", fala o gestor. Além disso, a cooperativa também investe em cachaça e etanol anidro, devendo fabricar 30 milhões de litros e 17 milhões respectivamente nesta safra. A usina deve moer 900 mil toneladas de cana.