São Paulo, julho de 2022 - A busca por novas fontes de energia tem movimentado o mundo, seja pelo desenvolvimento de novas políticas ou investimentos regionais para implantação das infraestruturas dos motores e torres eólicas, por exemplo. No Brasil, os estados estão se movimentando para atrair investimentos: o governo do Rio de Janeiro apresentou mapas do potencial de geração de energia eólica e de produção de hidrogênio no estado, estudos que integram as iniciativas governamentais para incentivar a implantação de projetos de energias renováveis no território fluminense.
Atualmente, o estado possui nove projetos em fase de licenciamento no IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais), totalizando a potência de 27,498GW, e com potencial de atração de investimento de US$85,244 bilhões nos próximos anos. E o município de São Gabriel (BA) vai receber R$1,5 bilhão da Voltalia Energia na Bahia na construção de parques eólicos. Dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), mostram a Bahia como líder na geração de energia eólica: 33,88% da geração nacional.
O Rio Grande do Sul também está atento às mudanças do vento: o diretor de Energia da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), Eberson Silveira, afirma que o futuro é promissor nesta área. E uma maneira de atrair e acelerar investimentos, pode ser a redução do piso de royalties arrecadados na proposta de marco legal para as eólicas, apresentada pelo senador Carlos Portinho (PL/RJ), relator do marco para geração de energia offshore.
Cadeia do aço
O gerente de marketing da Açovisa, Giovanni Marques da Costa, reforça a opinião de que o Brasil está entre os países que mais cresce nesta área, com diversas empresas certificadas e com uma tecnologia de ponta e sem dúvida com plenas condições de atender toda a demanda futura desta área. "Cada vez mais as concessionárias de energias junto aos governos dos estados vêm adotando esta nova forma de geração de energia, pois além do efeito benéfico para o meio ambiente tem também o lado econômico".
Ainda de acordo com Costa, em muitos municípios a energia gerada via hidroelétrica está muito distante, tendo um alto custo nas redes de transmissão, diferente do meio eólico que pode ser instalado um parque em qualquer local mais próximo que tenha condições climáticas favoráveis a instalação, além do custo de geração do kilowatt ser menor em muitos casos.
Sobre oportunidades para o fornecimento do material, o gerente lista que uma torre eólica possui sua base inteira construída por aços planos, com reforços estruturais em vigas. E ainda que as pás sejam construídas por um material composto e na proporção do seu tamanho se use pouco aço, nos geradores é que se concentra a maior parte dos aços de alto valor agregado, como eixos, carcaça, válvulas, pinos, mancais etc.
E quanto à infraestrutura para suportar efeitos do tempo, Costa lembra que todos os aços são produzidos diante de normas internacionais super rigorosas, com olhar atento dos mestres em siderurgia para que tudo saia de acordo com o planejado na produção. Desta forma, ao aplicar os aços em seu projeto o engenheiro pode ter certeza de que a turbina eólica suportará todas as variantes externas e também as internas como o peso próprio e solo.
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