A Fundação Raízen e o Fundo das Nações Unidades para a
Infância (UNICEF) se unem para o fortalecimento e cuidado da saúde mental de
adolescentes e jovens de 13 a 24 anos. A Instituição passa a apoiar a
iniciativa Pode Falar, canal de ajuda virtual em saúde mental e bem-estar
criado pelo UNICEF. O projeto, que já conta com mais de 35 mil acessos, oferece
escuta qualificada de profissionais de entidades e empresas especializadas na área,
e funciona de forma anônima e gratuita.
Com a parceria, o canal expandirá seus horários de atendimento para auxiliar cada vez mais jovens, passando a acolher também alunos da Fundação Raízen, que atende a cada semestre mais de 1.300 jovens por todo o Brasil, por meio do Ativa Juventude -- programa focado no desenvolvimento socioemocional de estudantes de escolas públicas que estão na transição para o ensino médio.
"Nosso objetivo é promover e consolidar cada vez mais iniciativas que visam o desenvolvimento integral de crianças e jovens, impulsionando autonomia e protagonismo por meio de uma rede comprometida com o futuro", explica Ricardo Mussa, presidente da Raízen, que recentemente também assumiu a presidência do Conselho de Administração da Fundação Raízen, fortalecendo ainda mais o compromisso da companhia com a agenda ESG (que em tradução livre do inglês para português significa meio ambiente, responsabilidade social e governança).
"Desta vez, nós fomos além, pois a parceria com o UNICEF, por meio do fortalecimento do Pode Falar, é uma forma inovadora de oferecer serviços de escuta acolhedora e cuidado com a saúde mental não só para adolescentes atendidos pela Fundação Raízen, como jovens de todo o País", complementa Mussa.
O Pode Falar foi criado pelo UNICEF em parceria com Organizações da Sociedade Civil, empresas com expertise em tecnologia e parceiros do setor privado durante a pandemia, em resposta ao aumento do número de casos de depressão, ansiedade e sentimentos negativos por adolescentes durante a crise.
De acordo com resultados preliminares de uma pesquisa internacional com crianças e adultos em 21 países conduzida pelo UNICEF e o Gallup -- que tem uma prévia apresentada no relatório Situação Mundial da Infância 2021 -- em média, um em cada cinco adolescentes e jovens de 15 a 24 anos entrevistados (19%) disse que, muitas vezes, se sente deprimido ou tem pouco interesse em fazer coisas. Uma enquete realizada pelo UNICEF, por meio do U-Report, em 2020, constatou que 72% dos respondentes sentiram necessidade de pedir ajuda em relação ao seu bem-estar físico e mental durante a quarentena, sendo que 41% não recorreu a ninguém. Além disso, 46% afirmaram sentir-se mais pessimistas e 80% experimentaram sentimentos negativos nos dias anteriores à pesquisa, tais como depressão, ansiedade e preocupação.
"A adolescência é um período crucial para o desenvolvimento e manutenção de hábitos sociais e emocionais importantes para o bem-estar mental. Com o retorno à vida presencial, as demandas começaram a mudar de perfil, com um aumento de situações de vulnerabilidade social diversas como fator de impacto negativo sobre a saúde mental dos usuários", explica Gabriela Mora, oficial do Programa de Cidadania dos Adolescentes do UNICEF no Brasil. "A internet e a tecnologia têm um papel fundamental na vida de meninas e meninos, e assim o "Pode Falar" usa isso para criar um espaço de escuta acolhedora, sem julgamento e anônima para esse público, em momentos de crise. Nele também é possível acessar materiais de apoio, informações e serviços".
O canal Pode Falar conta com três sessões. Na primeira, chamada "Quero me cuidar", são disponibilizados materiais com orientação de autocuidado. Na segunda, "Quero me inspirar", os jovens podem deixar depoimentos sobre como superaram situações difíceis. Já a sessão "Quero falar" direciona o usuário para um atendimento individual via chat, feito por instituições que oferecem serviços de acolhimento e escuta ativa, como o CVV -- Centro de Valorização da Vida.
Para saber mais, acesse o site do Pode Falar.