Conceito de stewardship entra em campo para marcar um gol pelo planeta

Conceito de stewardship entra

Por Cláudia Barreto

Em tempos de valorização das práticas ESG, ganha cada vez mais relevância o termo inglês "stewardship", usado no ambiente corporativo para abordar temas relacionados à ética e à responsabilidade na gestão de recursos.

Potencializado a partir da crise econômica que afetou o mundo há pouco mais de uma década, esse conceito está intimamente ligado a agronegócio, sustentabilidade ambiental e governança. Afinal, por meio dos códigos de stewardship, as empresas cuidam de todo o ciclo de vida dos produtos que serão aplicados nas lavouras. Desde a aquisição e o transporte. A preocupação com o processo também passa pela armazenagem, aplicação correta, segurança dos trabalhadores, destinação das embalagens vazias, conscientização e boas práticas no campo.

Cada tópico é essencial para o objetivo da UPL de reinventar a agricultura e, assim, reimaginar a sustentabilidade. Presente em mais de 130 países, a empresa é uma das cinco maiores do mundo em soluções agrícolas, sendo pioneira no hasteamento da bandeira do uso correto e seguro de produtos para defesa vegetal, que exigem cuidados especiais e são essenciais para a produção de alimentos para atender à crescente demanda global.

Um exemplo vivo desse compromisso é o programa Aplique Bem, criado em 2007 e realizado em parceria com o Instituto Agronômico (IAC). O trabalho consiste na realização de cursos gratuitos sobre o uso correto e seguro de defensivos agrícolas para produtores rurais de todo o país. Até o momento, 76 mil pessoas já participaram da prática.

O Aplique Bem conta com cinco laboratórios itinerantes, os "Tech Móveis". Quatro deles percorrem o território nacional, enquanto um se destina ao circuito das frutas do interior de São Paulo. Em cada treinamento, são reunidos cerca de 20 produtores e trabalhadores rurais, que recebem informações em detalhes sobre o processo de uso seguro e correto dos insumos agrícolas, incluindo explicação e conscientização sobre os equipamentos de proteção individual (EPI).

Em vez de transportamos os agricultores e funcionários das fazendas para a sala de aula, nós levamos o conhecimento até o campo, onde eles estão e atuam. As informações são passadas por engenheiros agrônomos, treinados pelo IAC, sob a coordenação do pesquisador e doutor em agronomia Hamilton Ramos. A eficácia desses treinamentos é comprovada em cada curso.

Ao todo, o Aplique Bem já realizou mais de 4 mil cursos em mais de 1 mil municípios de 22 estados brasileiros, além do Distrito Federal. Os resultados do programa chamaram a atenção de sete países, que importaram a ideia: Burkina Faso, Colômbia, Costa do Marfim, Gana, México, República de Mali e Vietnã. Nosso objetivo é continuar ampliando esse projeto fantástico, em prol de uma agricultura cada vez mais sustentável.

Aliás, esse trabalho cuidadoso é reconhecido, inclusive pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que reconheceu o Programa Aplique Bem como uma das três melhores Boas Práticas na categoria Responsabilidade Social. Mais do que isso, o projeto auxilia produtores brasileiros – como os grupos Hasegawa e Rochetto – a conquistarem certificações internacionais de boas práticas agrícolas, com benefícios diretos aos consumidores.

A proteção do meio ambiente e, ainda, o conceito de stewardship são tão importantes para a UPL que a empresa criou globalmente o Stewardship Day, celebrado todos os anos com o Dia Mundial do Meio Ambiente, em 5 de junho. Por meio desse marco temporal, reafirmamos nosso compromisso com a agricultura sustentável, conceito que entram em campo com a UPL para marcar um gol pelo nosso planeta.


Cláudia Barreto, engenheira química pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e gerente de stewardship da UPL Brasil

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