Os fortes ganhos no petróleo e em outras commodities forçaram a alta do açúcar nesta quarta-feira (23) nas bolsas internacionais. Isso porque, segundo a Reuters, "os preços mais altos da energia podem levar as usinas de cana-de-açúcar no Brasil a desviar a produção do açúcar para o etanol, um combustível à base de cana".
Em Nova York, na ICE Futures, a quarta-feira foi marcada por valorização em todas as telas do açúcar bruto. O vencimento maio/22 foi contratado ontem a 19,24 centavos de dólar por libra-peso, alta de 9 pontos no comparativo com a véspera. Já a tela julho/22 subiu 8 pontos, com negócios em 19,18 cts/lb. Os demais contratos subiram entre 2 e 7 pontos, com exceção do lote março/24 que fechou estável.
Açúcar branco
Em Londres o açúcar branco subiu na maioria dos lotes, a única exceção foi a tela agosto/23 que caiu 20 cents de dólar. O contrato maio/22 fechou contratado a US$ 548,40 a tonelada, valorização de 1,60 dólar. A tela agosto/22 subiu 2 dólares, com negócios em 533,00 dólares a tonelada. Os demais contratos subiram entre 10 cents e 2,90 dólares.
Mercado doméstico
No mercado interno o açúcar cristal, medido pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP, fechou levemente no vermelho. Ontem, a saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas em R$ 139,26, contra R$ 139,36 da véspera, leve baixa de 0,05% no comparativo.
Etanol hidratado
Após uma sequência de cinco baixas e um dia de estabilidade, o etanolhidratado voltou a fechar no azul ontem pelo Indicador Diário Paulínia. O biocombustível foi negociado nesta quarta-feira a R$ 3.342,50 o m³, contra R$ 3.337,00 o m³ praticado na terça-feira, valorização de 0,16% no comparativo.
Texto: Rogerio Mian/Agência UDOP de Notícias