O modelo de união de pessoas irmanadas por um mesmo objetivo construiu a sólida história da Cooperativa Vinícola Garibaldi que, agora, chega aos 94 anos, a serem comemorados no dia 22 de janeiro. O aniversário revigora os propósitos da marca em sua jornada rumo ao futuro com a mesma força coletiva sendo a propulsora de uma caminhada cujo destino é a sua sustentabilidade.
Os ideais cooperativos já condensam tal intenção na essência do negócio porque neles estão embutidos a responsabilidade socioeconômica e ambiental sobre quaisquer ações pensadas e executadas. Assim como preconizavam os 73 cooperados fundadores, no longínquo 1931.
Cooperativa Vinícola Garibaldi completa 94 anos de fundação. Crédito Augusto Tomasi
Reorganizados para o cenário atual, no contexto da emergência climática, esses compromissos ganham ainda mais relevância. Investimentos em maquinário, em técnicas de manejo e em novas cultivares têm sido, durante os últimos 15 anos, a cartilha para a Cooperativa Vinícola Garibaldi, ao mesmo tempo, exercer a sustentabilidade do negócio e avançar no mercado, projetando seu nome aqui e no exterior.
A pesquisa de novas variedades, com a manutenção de um vinhedo experimental onde são cultivadas mais de 60 variedades, faz parte desse contexto. Com isso, a cooperativa busca castas que, além de se adaptarem ao terroir local, possam oferecer ao mercado produtos inovadores. Exemplo disso está expresso no vinho branco Garibaldi VG Palava, primeiro do país elaborado com a uva homônima, originária da República Tcheca e lançado em 2024. O vinhedo experimental também é estratégico para encontrar variedades que sejam mais resistentes a pragas fúngicas e mantenham a excelência da matéria-prima para a elaboração dos produtos da cooperativa, premiados ao redor de todo mundo.
Oscar Ló, presidente da Cooperativa Vinícola Garibaldi. Crédito Augusto Tomasi
Outrossim, pesquisas e viagens técnicas estão no radar da companhia, de modo a aprofundar as possibilidades sustentáveis de produção. Diante das mudanças climáticas em curso, com extremos ora de chuva, ora de seca cada vez mais comuns, essa prática se torna ainda mais necessária. Um dos principais passos nesse sentido é o desenvolvimento de um estudo com as chamadas uvas Piwi, mais resistentes a doenças originadas por fungos. Com diversas variedades viníferas, essas uvas são cultivadas de forma experimental e algumas delas já estão passando por processos de microvinificações – para testes de resultados de produtos.
Embora sem previsão de lançamento, o interesse por uma agricultura que dialogue com as melhores práticas agrícolas, um movimento iniciado há décadas e que inclui, entre outras iniciativas, treinamento em programas pela Global G.A.P. (certificação de produtos internacionais) e assistência técnica na propriedade, lança a cooperativa numa missão em busca da perenidade do negócio. “Nosso grande desafio é planejar a continuidade da cooperativa”, diz o presidente da organização, Oscar Ló.
Para alcançar essa meta, a cooperativa se baseia no trabalho por propósito. “Temos um planejamento muito claro do que queremos para o presente e para o futuro. Esse planejamento é de conhecimento de todo o público com que a Garibaldi se relaciona e assim, com objetivos estratégicos claros a todos os envolvidos, sem dúvida nosso futuro é promissor”, prevê Ló.