Os subprodutos orgânicos gerados pela indústria bioenergética representam um volume significativo e incluem bagaço, vinhaça, torta de filtro, cinzas da caldeira, entre outros. O aproveitamento destes subprodutos não só tem valor econômico-financeiro, mas também agronômico e ambiental incomensuráveis.
Em 2021, a Veredas Agro, setor agrícola da Destilaria Veredas, associada da SIAMIG Bioenergia, começou a realizar a compostagem destes subprodutos, e aplicá-los nos talhões de cana-de-açúcar, proporcionando melhorias imediatas nas propriedades físicas e químicas do solo.
Além disso, o uso de fertilizantes químicos foi significativamente reduzido, resultando em um impacto ambiental positivo reconhecido de imediato. O bagaço, a torta de filtro e a vinhaça, devido à sua natureza orgânica, baixa concentração de metais e ausência de contaminantes enriquecem o solo de forma notável.
Anteriormente, eram utilizados 600 kg por hectare de adubação química (MAP) no plantio de cana-de-açúcar. Para os plantios da safra 2024/2025, trabalhamos com uma redução de 60% nesse volume garantindo a mesma produtividade! Este procedimento também é aplicado às soqueiras, ou seja, à cana que brota após o primeiro corte. A compostagem, conforme evidenciado, representa um valoroso ganho econômico e uma melhora significativa na disponibilidade de nutrientes no sistema solo/planta.
Enfatizando o aspecto agronômico, a melhoria do solo em função da aeração e da retenção de água proporciona um aumento da matéria orgânica existente, promovendo a vida do solo a longo prazo através da liberação gradual dos nutrientes oriundos da compostagem.
O menor uso de adubos químicos contribui de maneira firme e valiosa para a preservação da biodiversidade dos solos e para o ecossistema aquático.
É certo que o uso da compostagem nos plantios de cana-de-açúcar evita a emissão de carbono mitigando o impacto das mudanças climáticas.
Fonte: Siamig/Destilaria Veredas