O projeto inédito de construção da primeira fábrica de fertilizantes nitrogenados a partir do hidrogênio verde, a ser implantada em Uberaba (MG), com investimentos totais de R$ 4,3 bilhões da Atlas Agro, produtora global de fertilizantes nitrogenados com zero emissões de carbono, é um dos destaques do Fórum Internacional para o Desenvolvimento Agroambiental Sustentável, Rio + Agro, que acontece entre 29 de julho a 2 de agosto, na capital carioca.
O evento, organizado Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com os ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), da Agricultura e Pecuária (MAPA) e com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Industria, Comércio e Serviços do governo do estado do Rio de Janeiro (SEDEICS-RS), traz uma série de atividades voltadas à atração de investimentos ao País, com foco na transição energética e produção de fertilizantes.
Rodrigo Santana, diretor da Atlas AgroDurante o encontro, o diretor de operações da Atlas Agro, Rodrigo Santana, participou de dois painéis e tratou dos principais detalhes do projeto da empresa no País, bem como dos potenciais de desenvolvimento sustentável do agronegócio brasileiro, dentro do processo de neoindustrialização verde.
A aposta da Atlas Agro é tornar-se primeira referência na descarbonização da indústria de fertilizantes no Brasil, já que atualmente mais de 90% do fertilizante nitrogenado utilizado no País são importados de outros países, sendo todos eles produzidos a partir de fontes fósseis e poluentes.
A planta em Uberaba (MG) utilizará uma matriz 100% limpa, a partir de fontes renováveis, tais como a solar e eólica, para produção do hidrogênio verde, amônia verde e os fertilizantes nitrogenados com zero carbono. A fábrica evitará a emissão de mais de 1 milhão de toneladas de carbono equivalente anualmente para a atmosfera.
A unidade terá ainda uma capacidade de produção para 500 mil toneladas por ano de fertilizantes para atender os clientes da região. “A nova planta é um importante passo para a substituição de fertilizantes importados com significativa pegada de carbono por uma produção nacional a partir de um processo totalmente sustentável. Também se configura como uma grande oportunidade para promover a reindustrialização verde no país e proporcionar um aumento na segurança alimentar no Brasil”, comenta Rodrigo Santana, da Atlas Agro.