Por: Patricia Punder
ESG, que significa Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança), tem ganhado crescente importância à medida que governos e organizações se comprometem com práticas mais sustentáveis e responsáveis.
No contexto do setor público, o ESG se refere à integração de considerações ambientais, sociais e de governança nas políticas, operações e tomadas de decisão governamental. Indo além da mera conformidade regulatória, ele impulsiona a criação de valor a longo prazo para a sociedade, o meio ambiente e a própria governança.
A dimensão ambiental do ESG no setor público aborda questões cruciais como mudanças climáticas, gestão de recursos naturais e poluição. Governos que priorizam políticas ambientais responsáveis, investimentos em energia limpa, transporte sustentável e preservação de ecossistemas, não apenas protegem o meio ambiente, mas também mitigam riscos ambientais para as comunidades e economias locais.
A dimensão social do ESG no setor público concentra-se em promover a igualdade, diversidade, inclusão e bem-estar social. Isso envolve a implementação de políticas que abordam desigualdades sociais, como acesso igualitário à saúde, educação e emprego, bem como a proteção aos direitos humanos e das comunidades marginalizadas.
Por fim, a dimensão de governança do ESG no setor público refere-se à transparência, prestação de contas e eficiência na gestão dos recursos públicos. Governos que adotam boas práticas de governança, como combate a corrupção, participação cívica e prestação de contas transparente, fortalecem a confiança dos cidadãos nas instituições governamentais e promovem a estabilidade política e econômica.
Além disso, a integração do ESG no setor público pode atrair investimentos sustentáveis, melhorar a reputação do governo e aumentar sua capacidade de inovar e enfrentar desafios complexos, como pandemias e crises climáticas. Ao adotar uma abordagem abrangente do ESG, os governos podem não apenas melhorar sua própria eficácia e eficiência, mas também contribuir significativamente para a construção de um futuro mais justo, equitativo e sustentável para seus cidadãos.
Patricia Punder, é advogada e compliance officer com experiência internacional. Professora de Compliance no pós-MBA da USFSCAR e LEC – Legal Ethics and Compliance (SP). Uma das autoras do “Manual de Compliance”, lançado pela LEC em 2019 e Compliance – além do Manual 2020.