A Petrobras firmou na semana passada, novo aditivo ao contrato de compra de gás natural com a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), estatal boliviana que atua na área de exploração, produção de venda de petróleo e derivados. A notícia é extremamente positiva para Mato Grosso do Sul que hoje tem o gasoduto com capacidade total de 30 milhões de metros cúbicos por dia, mas que registrou a passagem em média de 14 milhões de metros cúbicos de gás oriundos da Bolívia por dia neste ano.
Segundo a companhia brasileira, o contrato foi assinado após o cumprimento de trâmites internos de governança. O aditivo altera o perfil de entregas do volume total de gás contratado pela Petrobras, em função da disponibilidade de gás para exportação pela YPFB.
O contrato prevê a manutenção do volume máximo de 20 milhões de m³ por dia, com maior flexibilização dos compromissos firmes de entrega e recebimento de acordo com a sazonalidade e a disponibilidade da oferta.
Segundo a Petrobras informou na noite dessa sexta-feira (15), os termos garantem “o fornecimento em equilíbrio contratual para as empresas e a possibilidade de venda adicional de gás pela YPFB para outros importadores brasileiros. Além disso, [há] maior segurança e previsibilidade de suprimento de gás ao mercado atendido pela Petrobras”.
De acordo com o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Jaime Verruck), que tem entre suas vinculadas a Companhia de Gás de MS (MSGÁS), o aumento na compra de gás da Bolívia é adequada para potencializar o uso do gasoduto e também na lógica da arrecadação de ICMS obtido com o gás no Estado. “A decisão da Petrobras que foi acompanhada por nós junto com o governador Riedel é extremamente importante para o Brasil e impacta na arrecadação do Estado”, destacou Verruck lembrando que neste ano somente em março o volume chegou a 19 milhões de metros cúbicos, os demais meses ficaram em apenas 14 milhões de m3/dia.
“Neste ano tivemos uma ociosidade de 50% no transporte do gasoduto. Então esta retomada de contrato por parte da Petrobras com maior compra de gás natural é muito favorável ao Estado. Pelo contrato a compra será de 20 milhões de metros cúbicos de gás. Diante de nossa capacidade total, ainda terá 10 milhoes de m3 disponíveis as empresas brasileiras que poderão fazer contratos diretos com Bolívia para utilizar este gasoduto”, acrescentou.
UFN3
Outro ponto ressaltado pelo titular da Semadesc é que o contrato de compra de gás por parte da Petrobras de 20 milhões de metros cúbicos indica a sinalização de que haverá fornecimento suficiente para abastecer a UFN3. “O contrato que tem validado por dois anos, indica que um eventual abastecimento de 2,5 milhões de metros cubicos de gás por parte da UFN3, poderia ser suprido com este novo contrato”, concluiu.
Rosana Siqueira, da Semadesc
Fotos – Arquivo