Greve dos auditores-fiscais da Receita já provoca fila com mais de 200 caminhões no Porto Seco de Corumbá (MS)

Além de Corumbá, estima que também deverá ser fortemente impactados pelo movimento as unidades fronteiriças de Ponta Porã e Mundo Novo, que também tem

Greve dos auditores-fiscais da

Mais de 200 caminhões formam nesta quarta-feira (22) uma fila quilométrica na rodovia Ramon Gomes, em Corumbá, esperando para entrar no pátio do Porto Seco (Agesa). O procedimento é obrigatório para o desembaraço aduaneiro de cargas na fronteira do Brasil com a Bolívia. 

A fila é resultado direto da greve dos auditores-fiscais da Receita Federal, que completou seu terceiro dia. Desde o início da paralisação os servidores iniciaram uma operação padrão, submetendo todos os veículos que passam pela unidade a rigorosa vistoria, o que quase triplicou o tempo médio de liberação de cada veículo. 

Os auditores-fiscais da Receita entraram em greve basicamente por conta de duas reivindicações. A primeira, é o cumprimento integral do acordo firmado em 2016, que institui o pagamento do bônus de eficiência da classe. 

O governo chegou a regulamentar o bônus por meio de um decreto, mas incluiu no texto, entraves para o pagamento. Além disso, a pauta de reivindicações inclui também o cumprimento integral do Plano de Aplicação do Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização (Fundaf) para 2024, conforme aprovado pela portaria do Ministério da Fazenda 72/2023.

Além da operação padrão nas áreas de fronteira, o Comando Nacional da Mobilização determinou uma greve geral em todos as outras atividades desenvolvidas pelos auditores, mantendo, os 30% de efetivo mínimo, determinado pela legislação. 

Na terça-feira, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), última instância administrativa de julgamento de questões fiscais, suspendeu as sessões por conta da adesão de conselheiros do órgão a greve. 

“Essa suspensão pode prejudicar a meta fiscal do governo para 2024, tendo em vista que somente com o retorno do voto de qualidade há uma expectativa de incremento de R$ 50 bilhões na arrecadação do próximo ano”, aponta Novaes. 

Além de Corumbá, o presidente do Sindifisco Nacional em Mato Grosso do Sul, Anderson Novaes, estima que também deverá ser fortemente impactados pelo movimento as unidades fronteiriças de Ponta Porã e Mundo Novo, que também tem grande fluxo de cargas. 


Foto: Reprodução


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