Nesta segunda-feira (2), a produção de etanol anidro da Usina da Cooperativa Agroindustrial dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (Coaf-Timbaúba) passou a ser computada para a emissão de Crédito de Descarbonização (CBios) da Lei do RenovaBio. A certificação foi realizada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). O órgão já havia certificado o etanol hidratado da unidade anteriormente. A Coaf é uma das poucas usinas no Brasil a pagar 100% de CBios aos fornecedores de cana. O percentual é superior ao proposto até que no Projeto de Lei (PL 3.149/2020), matéria em tramitação na Câmara Federal desde que foi sugerida pela Federação dos Plantadores de Cana do Brasil ao então deputado Efraim Filho (DEM-PB).
"Essa é a nossa terceira certificação em pouco tempo. Poucos usinas têm esse número de certificações. Desmistifca, inclusive que dizem a maioria delas sobre a dificuldade de certificar os canavieiros. Complexo é, mas também bem possível, sobretudo porque isso é indispensável para elevar a nota da unidade no RenovaBio e assim aumentar os ganhos com os CBios. Para isso, é preciso o trabalho na qualificação nos canaviais relativa ao mapeamento e às questões ambientais. Isso ajuda a melhorar a nota dada pela ANP sobre tais critérios, o que remunera melhor", diz Alexandre Andrade Lima, presidente da cooperativa e da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco.
A Coaf deve fabricar 15 milhões de litros de anidro até o final da safra. O que já foi produzido antes da certificação não será computado para os CBios. Tudo depois da certificação entrará. Os cooperados recebem 80% dos CBios do exercício de 2023 no começo de 2024 e os outros 20% restantes na partilha das sobras do exercício.