Já na solenidade de abertura, o Senador Federal por Mato Grosso do Sul, Nelsinho Trad, levantou assuntos que permeiam a criação desta rota e mostrou alguns pontos importantes sobre o assunto. Um deles é que os países envolvidos no projeto da Rota, que ganha robustez a cada semestre, irão desfrutar da qualidade e da rapidez com que o escoamento trará para todos.
“Certamente iremos viver um novo tempo, onde as nações, de onde partir a Rota Bioceânica, terão mais qualidade de exportação e importação, com menor tempo e mais qualidade de transporte”, explica.
Na ocasião, o senador mostrou que a diminuição de distâncias das cidades do Estado ganhará tempo de escoamento para outros países com o Corredor Bioceânico, como é o caso de Campo Grande em MS. De Mumbai, na Índia, para a Capital de Mato Grosso do Sul, o tempo diminui em cerca de 9 mil quilômetros, passando de 33.317 km para 24.725 km de distância.
Durante a palestra do senador, o público conheceu outros detalhes da obra. Foram viabilizados até 2022, mais de R$ 41 milhões em recursos federais para a Rota, a inclusão de R$ 95 milhões para a adequação do trecho entre os municípios de Bataguassu e Porto Murtinho e os R$ 15, 4 bilhões destinados do PAC para investimentos em rodovias, ferrovias, portos e hidrovias em Mato Grosso do Sul.
Em seguida a palestra, foi a vez da mesa redonda abordar o ‘Corredor Bioceânico: seus desafios e perspectivas’ com convidados nacionais e internacionais. Fez parte da composição da mesa, João Carlos Parkison de Castro, do Ministério de Relações Internacionais (Brasil), Maurício Zamorano, do Governo Regional de Antofagasta (Chile), Pablo Fernandes Palomares, da Secretaria de Integração Regional e Relações Internacionais da Província de São Salvador de Jujuy (Argentina), Milciades Centurion, do Congresso Nacional do Paraguai e o vice-governador de MS, João Carlos Barbosa (Barbosinha).
“Sem dúvidas, todos nós queremos que a Rota alcance muito mais que amplitude econômica, mas também, venha para facilitar as idas e vindas entre países através dos corredores aéreos e rodoviários, utilizando todos os canais que facilitem as movimentações”, disse na ocasião, Pablo Palomares.
Para Maurício Zamorano, de Antofagasta (Chile), a feira é o momento de mostrar as oportunidades de negócio oferecidas pelo corredor na região. “A ideia é tornar a cidade um polo logístico de serviços internacionais, ampliando o volume e tipo de carga dentro do agronegócio, em especial, a indústria alimentícia”, explica.
Conforme o Governo Federal, a estimativa do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2023, com base nas informações de safras de junho, é de R$1,148 trilhão, valor 2,6% superior ao do ano passado. As lavouras lideraram o crescimento, com aumento do VBP de 4,9%, impulsionado pelo recorde da safra de grãos e pelos ganhos de produtividade.
“Nossa malha ferroviária está sofrendo com a falta de investimentos, mas, com o aumento da produção agrícola e da movimentação de grãos no Estado, se faz necessário incentivar o transporte desses produtos por ferrovia, então, investir nela é importantíssimo”, destaca João Carlos Parkinson.
A 2ª edição da Ponta Agrotec acontece entre os dias 30 de agosto a 02 de setembro em Ponta Porã e é uma realização do Majestic Hall, Governo do Estado e Governo Federal, através do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As instituições parceiras e confirmadas desta edição são IFMS, UFMS, UEMS, UFGD, Senar, Aprosoja, Embrapa, Senai e Sebrae.