O setor sucroalcooleiro é muito tradicional, uma das primeiras grandes culturas agrícolas cultivadas em nosso país. Desde o final do século 20 este mercado vem se modernizando com equipamentos cada vez mais eficientes em sua indústria, atraindo investimentos de empresas do setor energético.
Para acompanhar os avanços do setor industrial deste mercado, as áreas relacionadas ao envio de matéria prima para a industrialização nas usinas tiveram que se transformar nas últimas décadas. A eficiência da indústria está diretamente relacionada ao avanço estabelecido nos setores agrícolas.
O período de abril até novembro tem um significado especial para os produtores de cana-de-açúcar da Região Centro-Sul, que engloba as regiões Sul, Sudeste e uma boa parte do Centro-Oeste, pois este período compreende o período de colheita. Colheita esta fruto de um grande planejamento que envolve desde plantio e renovação das lavouras até sua logística de entrega dentro dos prazos estabelecidos pela indústria, pelo clima e ação natural na matéria prima que tem seus prazos biológicos.
Esta eficiência exigida em conjunto com legislações ambientais e avanços trabalhistas fez com que as empresas olhassem cada vez mais para estas etapas com planejamento, mecanização e automação de processos. Novas tecnologias possibilitaram maior variedades de cana, grande planejamento de áreas a serem plantadas e colhidas em determinadas datas e aproveitamento máximo dos equipamentos.
Falando dos equipamentos utilizados no setor agrícola, o setor de manutenção tem uma forte parcela de responsabilidade nesta evolução. A disponibilidade de máquina é olhada com mais propriedade pelas indústrias, afinal tempo perdido tem um valor muito alto e diversas vezes irrecuperável durante uma safra programada. Um equipamento parado para conserto durante uma colheita ou mesmo o trabalho executado sem seu potencial máximo, representam prejuízos irreparáveis na produção.
O cuidado preventivo e programado da saúde das máquinas precisa ser minucioso, pois as falhas impactam diretamente em toda cadeia da empresa, gerando paradas não programadas desde a colheita até na indústria e entrega de compromissos aos clientes das usinas. Todos os equipamentos agrícolas, desde uma bomba de irrigação às colhedoras de cana, estão expostas a impactos violentos e abrasividade que variam conforme terreno, clima e outros fatores que podem agravar o desgaste das máquinas.
O investimento em tecnologias de revestimento monocomponente amplia a proteção das máquinas e, consequentemente, sua durabilidade, resultando em maior produtividade no campo. Além disso, o tratamento contínuo da superfície inibe o surgimento de ferrugem, por exemplo, um dos maiores vilões no processo de deterioração e afastamento de equipamentos metálicos da lavoura.
Não se fala mais em lavoura de cana sem associar às máquinas. A mecanização teve um papel fundamental na transformação das áreas de produção de cana, potencializando o volume das safras nos últimos anos. As atividades mecanizadas para colheitas de cana representam hoje mais de 90% em São Paulo, maior produtor de cana no país.
Maquinários agrícolas que operam sem manutenção adequada estão sujeitos à maior possibilidade de quebras e acidentes em períodos produtivos, trazendo prejuízos irreparáveis à toda cadeia de produção. Como toda automatização, o risco deve ser planejado levando em consideração os fatores produtivos, ambientais e de segurança para os trabalhadores que estão nos equipamentos.
O produtor deve primar não apenas pela excelência no campo, mas se aprofundar na gestão das máquinas e equipamentos, investindo em manutenções assertivas e gerenciamentos periódicos de paradas para manutenção, que são essenciais para a produtividade no campo.
Weder Queiroz é Gerente de Vendas da Henkel