Moagem de cana totaliza 43,98 mi de toneladas na 1ª metade de maio

Na primeira metade de maio, 28 unidades deram início à safra 2023/2024.

Moagem de cana totaliza 43,98

A primeira quinzena de maio foi marcada pelo avanço da produção em relação ao ciclo anterior. Em contraste ao ocorrido na segunda metade de abril, o clima mais seco favoreceu a colheita da cana-de-açúcar e a moagem subsequente. Foram processadas 43,98 milhões de toneladas ante a 34,29 milhões da safra 2022/2023 – o que representa um avanço de 28,25%. No acumulado da safra 2023/2024, a moagem atingiu 78,97 milhões de toneladas, ante 63,59 milhões de toneladas registradas no mesmo período no ciclo 2022/2023 – um avanço de 24,18%.

Dados do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) indicam que, no mês de abril, a produtividade dos canaviais no Centro-Sul foi de 83,7 toneladas de cana por hectare colhido. Esse valor representa um acréscimo de 18,56% diante daquele observado no mesmo período da safra 2022/2023 e reflete o regime de chuvas favorável o qual deslumbrou a lavoura nos meses de verão.

Na primeira metade de maio, 28 unidades deram início à safra 2023/2024. Ao término da quinzena, permanecem em operação 237 unidades no Centro-Sul, sendo 224 unidades com processamento de cana-de-açúcar, 7 empresas que fabricam etanol a partir do milho e 6 usinas flex. No mesmo período, na safra 2022/2023, havia 235 unidades produtoras em atividade.

No que condiz à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na primeira quinzena de maio foi de 124,56 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, contra 125,82 kg por tonelada na safra 2022/2023 – variação negativa de 1%. No acumulado da safra, o indicador marca o valor de 118,39 kg de ATR por tonelada (+0,61%).

Produção de açúcar e etanol



A produção de açúcar na primeira quinzena de maio totalizou 2,53 milhões de toneladas. Essa quantidade, quando comparada àquela registrada na safra 2022/2023 de 1,68 milhão de toneladas, representa um aumento de 50,43%. No acumulado desde 1º de abril, a fabricação do adoçante totaliza 4,06 milhões de toneladas, contra 2,74 milhões de toneladas do ciclo anterior (+48,04%).

Na primeira metade de maio, 1,91 bilhão de litros (+15,26%) de etanol foram fabricados pelas unidades do Centro-Sul. Do volume total produzido, o etanol hidratado alcançou 1,08 bilhão de litros (+1,28%), enquanto a produção de etanol anidro totalizou 830,22 milhões de litros (+40,48%). No acumulado desde o início do atual ciclo agrícola até 15 de maio, a fabricação do biocombustível totalizou 3,67 bilhões de litros (+16,52%), sendo 2,21 bilhões de etanol hidratado (-4,84%) e 1,47 bilhão de anidro (+75,91%).

Do total de etanol obtido na primeira quinzena de maio, 13% foram fabricados a partir do milho, registrando produção de 254,82 milhões de litros neste ano, contra 158,60 milhões de litros no mesmo período do ciclo 2022/2023 – aumento de 60,67%. No acumulado desde o início da safra, a produção de etanol de milho atingiu 691,98 milhões de litros – avanço de 57,41% na comparação com igual período do ano passado.

Vendas de etanol



Nos primeiros 15 dias de maio, as vendas de etanol totalizaram 1,12 bilhão de litros, o que representa uma variação positiva de 7,25% em relação ao mesmo período da safra 2022/2023. A quebra por produto mostra trajetórias distintas entre o hidratado e anidro, tal que para o primeiro o volume comercializado foi de 588,22 milhões de litros – uma retração de 9,74% – e, para o último, 529,17 milhões de litros – avanço de 35,63%.

No mercado interno, o volume de etanol hidratado totalizou 573,72 milhões de litros, o que significa uma queda de 11,14% em relação ao mesmo período da safra anterior. A venda de etanol anidro atingiu a marca de 508,62 milhões de litros, o que representa um crescimento de 36,61%.

O álcool anidro com finalidade carburante registrou venda de 504,28 milhões de litros, valor muito próximo ao do hidratado, de 531,63 milhões. Tal semelhança nas saídas caracteriza um evento incomum, consequência da provável recomposição de estoques do anidro, em função da alta demanda por Gasolina C, e perda de participação do etanol hidratado na cesta de consumo. Além disso, a entrada em vigência do novo regime de monofasia, a partir de 1º de junho, que modificará a forma de incidência dos tributos para a Gasolina A e etanol anidro, levanta a hipótese de uma possível antecipação dos agentes de mercado, a fim de garantir a oferta de produto a uma carga tributária inferior.

Mercado de CBios

Dados da B3 registrados até o dia 23 de maio indicam a emissão de 12,88 milhões de CBios em 2023. Até a data supracitada, a parte obrigada do programa RenovaBio havia adquirido cerca de 46,58 milhões de créditos de descarbonização. Esse valor considera o estoque de passagem da parte obrigada em 2021 somada com os créditos adquiridos em 2022 e 2023, até o momento, estejam eles ativos ou aposentados. O horizonte temporal selecionado cobre as aquisições que compreenderão os créditos utilizados para atendimento das metas de 2022, cujo prazo havia sido postergado, e 2023.


Fonte: Unica

Foto Capa: Niels-Andreas


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