Avanço na produtividade da soja depende de incremento de tecnologias, defende Dobashi

Solo, planta e ambiente são os elementos que poderão garantir uma produção sustentável

Avanço na produtividade da so

Mato Grosso do Sul atingiu 15 milhões de toneladas na produção de soja nesta safra 2022/2023 e, segundo o presidente da Associação do Produtores de Soja de MS – Aprosoja/MS, André Dobashi, o que fará com que o estado supere essa marca nos próximos ciclos, será o incremento de tecnologias. Dobashi mediou o debate ‘soja de alto potencial em solos arenosos e argilosos’, durante o Showtec, na manhã desta quinta-feira (25).

“É esse incremento de tecnologias que fará com que Mato Grosso do Sul avance, e será o que vai separar o médio agricultor, aquele que faz arroz com feijão, do bom agricultor, que está antenado às novidades e à ciência”, explica o presidente da Aprosoja/MS. “O bom agricultor vai avançar dentro do portfólio de tecnologias que ele usa, e identificar o que ele está usando de forma mediana ou ruim. A partir disso, poderá incrementar aquela tecnologia. Não adianta só fazer plantio direto que a gente já sabe que 99,4% dos produtores rurais sul-mato-grossenses fazem”, completa. 

“O plantio direto está sendo bem-feito, ele está deixando uma boa palhada lá dentro? Não adianta fazer calagem e gessagem. É preciso se perguntar: estou corrigindo o perfil do solo? Usufruo do ambiente em que estou localizado? Isso tudo mostrará que uma planta bem manejada, em um ambiente de produção adequado, seja na cultura de soja ou milho, ele vai expressar o seu potencial genético e vai sim incrementar a produção”, destaca Dobashi durante o painel do Showtec.

 Segundo o agrônomo e PhD Claudinei Kappes, palestrante do Showtec, obter altas produtividades exige, entre diversas questões, o manejo de fertilidade do solo. “Há uma série de fatores que somam aos resultados de uma safra bem-sucedida, entre eles o clima, a cultivar utilizada, a época do plantio, a plantabilidade, fertilidade do solo, manejo do solo, pragas, doenças e nematoides, e ainda o agrônomo, que precisa trabalhar para eliminar ou minimizar os principais riscos para a safra”.

Kappes também lembra a diferença de um solo fértil e um solo produtivo, que influenciam diretamente no manejo necessário e no resultado da produção. “Um solo fértil tem os componentes necessários para o desenvolvimento da planta. Já o solo produtivo, é localizado em uma região com características específicas, entre elas, com considerável volume de chuvas. Então, todo solo produtivo é fértil, mas nem todo solo fértil é produtivo, devido a presença de nematoides”.

Também participaram do painel o agrônomo, Dr. Carlos Lásaro, com a palestra características de cultivares para diferentes ambientes de produção e o agrônomo e PhD, André Reis, que tratou da fisiologia vegetal como aliada na redução de estresses ambientais.

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