Demanda por novos equipamentos eleva investimentos em máquinas agrícolas nos setores sucroenergético e de grãos em 2023

Máquinas mais velhas e período de safra maior levam produtores e indústrias a substituírem suas frotas por tecnologias mais econômicas

Demanda por novos equipamentos

Os investimentos em máquinas agrícolas fecharam 2022 em elevação no cenário nacional. É o que apontam os dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), que identificou que as vendas de tratores e colheitadeiras de grãos registraram aumento de 20% no período. Para 2023, nos setores sucroenergético e de grãos, os cenários também indicam crescimento, mas em contextos um pouco diferentes. Se, no primeiro, a expectativa é de elevação depois de um ano mais retraído e atingindo pela inflação, no segundo, o momento é de plena expansão com os produtores e as indústrias buscando novos equipamentos.

Boa parte desta perspectiva de mais vendas nos dois setores está no crescimento da safra e nas janelas entre o plantio e a colheita. Só na produção de cana-de-açúcar, a expectativa é de 10% de crescimento, gerando uma produção de mais de 50 milhões de toneladas. Com esse cenário de elevação, a procura de produtores e indústrias por ganhos tecnológicos mais econômicos em substituição às máquinas mais antigas tende a ser maior.

“Os produtores estão com a frota mais antiga, em menor quantidade, para uma safra que vai vir muito grande. Acredito que, no setor sucroenergético, haverá um crescimento rápido durante a safra, com esses produtores buscando por tecnologias”, explica o especialista em cana-de-açúcar e CEO da Grunner, Denis Arroyo.

Fazendo uma comparação com os resultados da produção de cana e de soja em um mesmo hectare, Arroyo destaca que, no setor de grãos, o trabalho mecanizado é necessário por conta da rapidez do mercado, enquanto que na produção de cana, por conta das altas margens de pressões na atividade, a opção de pelo uso de tecnologias é mais recente.

“Quando se olha para o mercado de grãos, as janelas entre o plantio e a colheita são muito mais apertadas e não dá para perder tempo. Por isso, o produtor investe mais em frotas. Na cana, é mais difícil de se fazer isso, porque uma companhia agrícola compete por recursos financeiros com a indústria, ocasionando um maior aproveitamento dessas máquinas para a produção e colheita da cana. A competição por investimentos em equipamentos é completamente diferente”, analisa o CEO da Grunner.



Mercado aberto para novos equipamentos

Com o mercado mais inclusivo para aquisição de novos equipamentos agrícolas que podem substituir as ferramentas mais antigas, empresas como a Grunner estão utilizando suas experiências no desenvolvimento de máquinas agrícolas tecnológicas para ampliar sua área de atuação e atingir novos mercados. Com expertise no desenvolvimento de soluções para a colheita de cana-de-açúcar, aplicação de fertilizantes líquidos, vinhaça e destruição de sólidos, a companhia quer se fixar como referência nos mercados de grãos e florestal.

Iniciando 2023 com 878 modelos Smart Machines em operação em todo o país, entre os meses de janeiro e março, a companhia já atingiu 42% da meta de vendas projetada para o ano. Atendendo sete dos 10 maiores grupos do setor sucroenergético do país, a Grunner traça para este ano a produção de mais 420 modelos Smart Machines que estarão nas lavouras de cana, soja, milho e no segmento florestal de todo o país.  

“O crescimento da Grunner também está ligado aos grandes parceiros nos negócios, e foi dessa forma que a companhia cresceu na cana-de-açúcar. Pode parecer que já estamos com o mercado 100% atendido, mas temos um horizonte de crescimento muito grande, atendendo clientes de usinas que têm um potencial de substituição de 90% nas frotas das quais a Grunner já atua com 5% de market share. Queremos fazer esse mesmo caminho com os setores de soja e florestal, explorando seus 80 milhões de hectares e seguindo esse play book de começar em novas culturas, com grandes parceiros, para sermos referência”, explica o gerente comercial da Grunner, André do Amaral.

Completando em 2023 quatros anos de atuação, a companhia apresentou sua forma de trabalho e as soluções de seu portfólio para representantes de instituições bancárias do estado de São Paulo, seus fornecedores e clientes durante o Road Show e o Conectar Partner, que foram promovidos nos dias 15 e 16 de março, na cidade de Lençóis Paulista (SP).

André do Amaral, gerente comercial da Grunner

Investimentos

Além de ser uma oportunidade para formar novas parcerias e fomentar aportes financeiros para suas produções, durante os dois eventos, a Grunner também destacou os investimentos que vêm sendo feitos em sustentabilidade, compliance, pesquisas, equipamentos e, principalmente, no atendimento aos clientes e parceiros - esses últimos que foram homenageados no Conectar Partner. 

“A Grunner se preparou para ser uma empresa de grande porte. Quando a companhia estava vendendo seus 17 primeiros produtos, já se falava de compliance, porque o nosso time é muito forte e sabe o que o mercado vai precisar. Temos um parceiro exclusivo, a Mercedes-Benz Brasil, e nós sabemos que, para se ter essa relação, precisamos estar em outro nível de jogo. Começamos pela base, com a governança, compliance, suas garantias e como fazer. A competição é grande, a missão é promover um impacto e os investimentos foram para que o nosso potencial seja grande. Nós temos hoje, por exemplo, o SPA, que é um sistema que traz garantias na nossa gestão e nas negociações. A mentalidade é de sempre olhar para frente”, aponta Denis Arroyo, CEO da Grunner.  


Potencial para enfrentar os desafios

Com a capacidade para produzir 800 Smart Machines no ano, a Grunner enxerga como grande desafio a sazonalidade em setores como o canavieiro, que tem por costume dos produtores a aquisição de mais máquinas entre os meses de outubro a março, já projetando uma nova safra, enquanto que, entre os meses de abril e setembro, o cenário é de baixa nas vendas.

“Esses dois eventos com os bancos, fornecedores e clientes foram promovidos com o propósito de mostrar que a Grunner tem condições de receber investimentos neste tipo de negócio, garantindo estoque, enfatizando a nossa capacidade de produção na época do ano de menor demanda, tornando a fábrica produtiva durante o ano todo e um custo mais baixo de ocupação. Buscamos a capacidade de gerar futuro, e eu acredito que a gente mostrou isso”, explica Denis Arroyo. 

O CEO da Grunner enfatiza o crescimento da companhia em quatro anos e adianta que potencial da empresa é de mais elevações. “Na cana, onde já estamos fixados, somos no ano 50% de market share, porém no setor inteiro e operando, somos 7%, o que mostra que nós temos muito mercado para alcançar. Temos outros produtos e passamos a enxergar o mercado de soja, florestal e agora citrus. Sabemos que temos capacidade de gerar futuro, por isso estamos crescendo e dobrando a cada ano com atuação em mercados que o mundo quer entrar”, reitera o especialista em cana-de-açúcar.   

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