Os últimos dados divulgados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Única) confirmou algumas tendências: o ATR ganhou força em meio ao clima mais seco; as usinas estão desviando mais matéria-prima para o açúcar; e o etanol hidratado está perdendo participação na demanda por combustível, destaca em análise desta semana a hEDGEpoint Global Markets.
"Embora o etanol tenha lutado pelo desvio de matéria-prima no início da safra, o açúcar tem consolidado sua vitória. As ações do governo brasileiro, juntamente com o mercado global de energia e as tendências macroeconômicas pressionaram o biocombustível, aumentando o seu spread entre os produtos", pontua a analista de Açúcar e Etanol da companhia, Lívea Coda.
A empresa especializada em gestão de riscos e hedge de commodities observa ainda que, ainda que o clima mais seco possa ser positivo ao ATR, o TCH (tonelada de açúcar por hectare) é afetado negativamente. "Em junho, o resultado da produtividade agrícola foi decepcionante, mas ainda precisamos dos números", analisa Coda.