Ao participar nesta quinta-feira (30/06) da abertura do segundo dia da edição 2022 do Enai (Encontro Nacional da Indústria), em Brasília (DF), o presidente da Fiems, Sérgio Longen, disse que o exemplo sul-mato-grossense de crescimento industrial deve ser apresentado e discutido em nível nacional. Enquanto a indústria nacional perdeu participação no PIB brasileiro nos últimos anos, em Mato Grosso do Sul o segmento avançou no mesmo período e hoje corresponde a 22% da soma das riquezas produzidas no Estado.
Para o líder empresarial, ainda há desafios a serem superados para que a indústria continue a crescer. “Temos enfrentado resistência da equipe econômica do governo federal, que avalia que o agronegócio é mais importante do que a indústria. Entendemos que precisamos rever esse conceito. Entendemos que a agroindústria é muito importante para o Brasil. Esse é o entendimento que nós temos em Mato Grosso do Sul e tem feito a diferença. A agroindústria de Mato Grosso do Sul avança e nós precisamos cada vez mais trazer esse exemplo de sucesso para a pauta a nível nacional”, disse Longen.
O Enai 2022 abriu na última quarta-feira (29/06) com o “Diálogo da Indústria com os pré-candidatos à Presidência da República”, recebendo Simone Tebet (MDB), Ciro Gomes (PDT) e Jair Bolsonaro (PL). Mais de 1,2 mil empresários e dirigentes de federações industriais participaram dos dois dias de encontro no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB). A comitiva sul-mato-grossense contou com 17 empresários.
O presidente da Fiems destacou a importância de participar do evento. “O Enai tem por tradição trazer todos os presidentes de federação, bem como suas diretorias. Além de compartilhar conhecimento, nós também discutimos a previsão dos projetos que são prioritários para a indústria nacional. É uma oportunidade ímpar, onde além da integração dos projetos, há o compartilhamento de ideias e ações sobre o que está sendo feito a nível nacional pela industrialização do Brasil”, complementou.
Abertura
Na abertura do Enai 2022, o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Braga de Andrade, destacou que o evento serve para discutir as bases do Mapa Estratégico da Indústria 2023-2033. A ideia é definir as diretrizes de propostas das políticas públicas e das medidas necessárias para que o Brasil e suas empresas possam avançar, a partir da avaliação das tendências e das tecnologias que vão transformar os modelos de produção e de negócios na próxima década.
“Entender esses desafios e traçar as estratégias adequadas para enfrentá-los é imprescindível para garantir o futuro das empresas e o desenvolvimento econômico e social do Brasil”, explicou Robson Braga.
Programação
O Enai conta com painéis que promovem debates sobre temas que impactam a indústria, tais como: Inovação e Indústria 4.0, Economia de Baixo Carbono, Reformulação das Cadeias globais de valor e integração internacional, entre outros.
O evento ainda abre espaços para compartilhar as principais ações desenvolvidas por CNI, Sesi, Senai e IEL, alinhadas às iniciativas propostas no Mapa 2018-2022, e seus resultados.