O Governo de Mato Grosso do Sul tem atuado ativamente para
melhorar os meios logísticos que escoam a produção estadual, reduzindo a
sobrecarga das rodovias e viabilizando novos modais, entre ferrovias e
hidrovias. O trabalho tem resultado na atração de investimento bilionários na
área da celulose.
A Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) tem coordenado as ações de desenvolvimento logístico no Estado, bem como a atração de novos investimentos. Dois investimentos bilionários estão na área de celulose estão em andamento, o Projeto Cerrado da Suzano em Ribas do Rio Pardo e o Projeto Sucuriú da Arauco, que deve ser implantado em Inocência.
“Hoje temos mais de 1 mil caminhões carregados com celulose indo para os portos desnecessariamente. Por isso estamos trabalhando na retomada das ferrovias e viabilidade da Rota Bioceânica, alternativas economicamente mais viáveis para a escoação dos nossos produtos”, afirma o secretário Jaime Verruck, titular da Semagro.
Na última semana, o grupo chileno Arauco anunciou o Projeto Sucuriú, uma unidade industrial com capacidade para produzir 5,2 milhões de toneladas de celulose, a partir de 2028 em Inocência. O investimento na construção soma R$ 15 bilhões e deve empregar 12 mil pessoas, no pico de obras.
A planta industrial será localizada em ponto estratégico, na margem esquerda do Rio Sucuriú, a 100 km do Rio Paraná, próximo à rodovia MS 377 e a 47km da malha ferroviária, para garantir eficiência logística ao escoamento da celulose para exportação e para mercados internos.
“Estamos muito animados com esta possível grande ampliação das atividades da Arauco ao Mato Grosso do Sul, uma região muito importante para a indústria, com grande potencial para o plantio de eucaliptos e excelentes opções logísticas para o escoamento da produção”, ressaltou o Matias Domeyko Cassel, CEO da Companhia.
Ferrovias em foco
O Governo do Estado tem articulado a viabilidade da Nova
Ferroeste, que deve ligar Maracaju ao Porto de Paranaguá, e a reativação da
Malha Oeste, que liga Corumbá a Mairinque, passando por Três Lagoas e chegando
a Ponta Porã.
A Nova Ferroeste teve consulta ao edital de leilão lançado no
último dia 21 de junho e deve impactar diretamente oito municípios do Estado,
além de outros 59 do Paraná e Santa Catarina. Após a emissão da Licença Prévia
Ambiental, o projeto vai para o pregão na Bolsa de Valores (B3), o que deve
ocorrer no segundo semestre deste ano.
O investidor privado que arrematar a ferrovia será responsável
pela construção do trecho completo, de 1.567 quilômetros, incluindo os ramais
entre Foz do Iguaçu/Cascavel, Chapecó/Cascavel e Dourados/Maracaju. Porém, como
forma de atrair mais investidores para o leilão, a cessão onerosa da Nova
Ferroeste será subdividida em cinco contratos, sendo quatro de autorização e um
de adesão.na solenidade de lançamento do edital da Nova Ferroeste.
Enquanto isso, a Malha Oeste atualmente sob concessão da Rumo,
deve ser submetida à consulta pública em julho e ser relicitada em setembro.
Segundo o secretário Jaime Verruck, o ministro dos Transportes Marcelo Sampaio,
garantiu que o trecho vai para nova licitação, durante agenda em Dourados.
Rota Bioceânica
Em dezembro de 2021 foi dada a autorização para início da
construção da ponte sobre o Rio Paraguai, entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo
Peralta (PY)
A obra é o símbolo da implantação da Rota Bioceânica, que vai
encurtar o caminho de Mato Grosso do Sul e países da América do Sul com oceano
pacífico, com expectativa de aumentar as exportações com redução de custos e
produtos mais competitivo ao mercado asiático.
Quando estiver pronta,
a Rota Bioceânica vai encurtar a distância percorrida pelos produtos
brasileiros rumo ao mercado asiático, integrar Brasil, Paraguai, Argentina e
Chile e transformar Mato Grosso do Sul em um hub logístico, um centro de
distribuição de mercadorias.
Priscilla
Peres, comunicação Semagro
Publicado
por: Marcelo Armôa