Inflação permaneceu elevada em todas as faixas de renda em abril

Indicador Ipea mostra variação entre 1% para as famílias de renda mais alta e 1,06% para as de renda mais baixa

Inflação permaneceu elevada

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada divulgou, nesta segunda-feira (16/5), os dados de abril do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, que registrou taxas de inflação variando entre 1,00% para as famílias pertencentes aos estratos de renda mais alta e 1,06% no segmento de renda mais baixa. Os dados acumulados no ano até o mês de abril indicam taxas de inflação entre 3,7% para o segmento de renda alta e 4,5% para o segmento de renda muito baixa, conforme a tabela:

Inflação por faixa de renda (em %)​

 

Elaboração: Grupo de Conjuntura da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea.


Enquanto a elevação dos preços dos alimentos no domicílio foi o principal fator de pressão inflacionária para as três classes de renda mais baixa no mês, para os outros três segmentos de renda os aumentos do grupo "transportes" foram os que tiveram maior impacto. Embora a redução de 6,3% das tarifas de energia elétrica tenha atenuado a alta inflacionária para todas as faixas de renda, esse alívio foi maior para as famílias de renda mais baixa, visto que esse item tem um peso mais elevado em suas cestas de consumo.

No segmento de renda muito baixa, o aumento dos preços dos alimentos no domicílio fez com que o grupo "alimentação e bebidas" respondesse por 61% de toda a inflação apurada em abril, com destaque para as altas do arroz (2,2%), feijão (7,1%), macarrão (3,5%), batata (18,3%), leite (10,3%), frango (2,4%), ovos (2,2%), pão francês (4,5%) e óleo de soja (8,2%). A segunda maior contribuição para a inflação desse segmento veio do grupo "saúde e cuidados pessoais", ancorada pela alta de 6,1% dos medicamentos.

Para as famílias de renda mais alta, a variação apresentada pelo grupo "transportes" foi responsável por 60% de toda a inflação registrada em abril, refletindo os reajustes das passagens aéreas (9,5%), do transporte por aplicativo (4,1%), da gasolina (2,5%), do etanol (8,4%) e do diesel (4,5%). Além dos alimentos e dos medicamentos, as altas dos preços dos serviços pessoais, especialmente os relacionados à recreação, também elevaram a inflação dessas famílias.

No acumulado em 12 meses, as famílias de renda muito baixa, com renda domiciliar menor que R 1.726,01, apresentaram a maior alta inflacionária, com a taxa de 12,7%, enquanto as famílias de renda alta, com renda domiciliar superior a R 17.260,14, registraram uma variação acumulada de 10,8%.​


Foto divulgação Correio Braziliense

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