Segundo dados concedidos pelo Centro de Estudos em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea-USP) em união com a Associação Brasileira das Indústrias dos Óleos Vegetais (Abiove), a produção de biodiesel no Brasil gerou quase 20 mil empregos diretos somente no ano passado. A união inédita entre as duas organizações fará levantamentos trimestrais sobre a geração de PIB, empregos e comércio exterior interligados às atividades da cadeia da soja e do biodiesel.
De acordo com a matéria original publicada pela CNN Brasil, a pesquisa realizada pelas duas instituições mostra que apenas 3% desse total de pessoas não conseguiram empregos formais, visto que 97% receberam empregos no setor do biodiesel com carteira assinada e com salário 16% superior à média registrada no setor da agroindústria, que enfrenta dificuldades na busca por mão de obra especializada.
Empregos e desenvolvimento do setor
A geração de biodiesel apresenta relações significativas com atividades que são grandes fornecedoras de empregos. Nesse sentido, calcula-se que, para cada R$ 1 a mais de produção da atividade de fabricação de biodiesel no Brasil, 33 empregos são acrescentados na economia como um todo.
Além disso, outra questão que merece destaque é que uma boa parcela desses empregos gerados na indústria de biodiesel acontece fora dos grandes centros urbanos, o que auxilia a desenvolver a economia em cidades e municípios menores, localizados no interior do Brasil.
Ainda de acordo com os dados da pesquisa de São Paulo, o produto interno bruto (PIB) da produção de biodiesel totalizou 10 bilhões e meio de reais (R$ 10,5 bi). Esse valor, assim como os empregos fornecidos, duplica no momento em que se leva em consideração outras atividades e serviços que se movimentam para que o biodiesel produzido no Brasil de fato chegue ao consumidor final.
Inédito no Brasil, em linha com as demandas globais e nacionais de descarbonização, o biodiesel será testado em transporte marítimo neste ano.
Em linha com as demandas globais e nacionais de descarbonização, a Bunker One, líder mundial no fornecimento de combustíveis (bunker) e lubrificantes para navegação, está investindo no desenvolvimento de uma nova categoria de combustível marítimo no Brasil. A empresa firmou uma parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) para estudar a viabilidade da adição de 7% de biodiesel ao óleo diesel marítimo.
A expectativa é de que, em até oito meses, sejam apresentados resultados que confirmem essa viabilidade e que possam contribuir para a criação de uma política pública sustentável para a indústria de navegação. O objetivo do projeto é reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e aproveitar o potencial desta fonte de energia renovável no Brasil, que é o segundo maior produtor de biodiesel do mundo. Para saber mais, basta clicar aqui e ler esta outra matéria do CPG na íntegra.
Fonte: Click Petróleo e Gás