Os contratos futuros do açúcar fecharam no vermelho nesta quarta-feira (16/3) nas bolsas internacionais. Operadores ouvidos pela Reuters afirmaram que as boas perspectivas da safra nos dois principais players mundiais, Brasil e Índia, têm pressionado o mercado.
Em Nova York, na ICE Futures, a quarta-feira foi de baixa em todos os lotes do açúcar bruto. No vencimento maio/22 a commodity fechou contratada a 18,56 centavos de dólar por libra-peso, recuo de 17 pontos no comparativo com os preços da véspera. Já a tela julho/22 caiu 21 pontos, negociada a 18,47 cts/lb. Os demais lotes recuaram entre 15 e 27 pontos.
Açúcar branco
O açúcar branco negociado na ICE Futures Europe também fechou desvalorizado em todas as telas da bolsa de Londres. O contrato maio/22 foi contratado a US$ 522,60 a tonelada, recuo de 10 cents de dólar no comparativo com a terça-feira. Já a tela agosto/22 caiu 4 dólares, negociada a US$ 508,90 a tonelada. Os demais contratos se retraíram entre 3,80 e 4,60 dólares.
Mercado doméstico
No mercado interno o dia ontem foi de alta nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 137,67 contra R$ 136,51 a saca praticada na terça-feira, valorização de 0,85% no comparativo.
Etanol hidratado
O etanol hidratado fechou no vermelho pelo segundo dia consecutivo pelo Indicador Diário Paulínia. Ontem, o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 3.355,50 o m³, contra R$ 3.429,50 o m³ praticado no dia anterior, recuo de 2,16% no comparativo entre os dias.
As cotações do hidratado sentem a pressão sofrida pelo petróleo, que fechou novamente desvalorizado nas principais bolsas do mundo. Internamente, a Petrobras tem sido pressionada a reajustar para baixo o preço da gasolina, a fim de ajustar-se às cotações internacionais.
Texto: Rogerio Mian
Fonte: Agência UDOP de Notícias