Biden proíbe importação de óleo, gás e carvão russos; UE lança plano de "independência de fósseis"

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou hoje (8/3) que os EUA proibirão todas as importações de petróleo, gás natural e carvão russos em resposta à invasão da Ucrânia por Vladimir Putin.

"Não faremos parte do subsídio à guerra de Putin", disse Biden, reconhecendo também que a decisão terá um custo para os EUA. 

O petróleo da Rússia representa cerca de 3% das importações de petróleo bruto dos EUA e cerca de 1% do total processado pelas refinarias no país, de acordo com a associação comercial de combustíveis e produtos petroquímicos AFPM.

Não foram publicados detalhes sobre os efeitos da medida.

Mas a especulação sobre o corte de importações russas, pelos EUA, já tinha feito os preços do barril de petróleo bater US$ 139 no mercado de curto prazo na segunda (7); hoje, a cotação do Brent voltou a atingir US$ 133 até o fechamento deste texto.

Em discurso hoje, o presidente norte-americano disse que a crise é um forte lembrete de que, para proteger a economia interna a longo prazo, é preciso independência energética.

"Isso deve nos motivar a acelerar a transição para a energia limpa", destacou.

Paralelamente, o governo estuda outras formas de desbloquear mais suprimentos globais de petróleo para aliviar o choque nos preços do gás.

Isso inclui negociar com a Arábia Saudita, cujas relações estão estremecidas desde o assassinato do jornalista do Washington Post, o saudita Jamal Khashoggi, no consulado da Arábia em Istambul, na Turquia, em outubro de 2018. 

Também estão sendo discutidas as possibilidades de permitir à Venezuela vender seu petróleo no mercado internacional, e de flexibilização de sanções ao Irã.

Votação no Congresso americano. Em comunicado, a presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, disse que a medida será votada hoje e que espera uma "votação bipartidária forte".

O projeto de lei:

  • Proibirá a importação de produtos petrolíferos e energéticos russos para os Estados Unidos;
  • Tomará medidas para revisar o acesso da Rússia à Organização Mundial do Comércio e explorar como podemos diminuir ainda mais a Rússia na economia global;
  • Reautorizará e fortalecerá a Lei de Responsabilidade Global de Direitos Humanos Magnitsky para que os Estados Unidos possam impor mais sanções à Rússia.

 Nayara Machado EPBR

Foto reprodução Instagram

(Com informações da CNN)

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