O Ministério de Minas e Energia (MME) realizou, na última quinta-feira (31), o workshop “Evolução das Misturas (E35/B25)”, marcando o início da série de eventos “Próximos Passos: Combustível do Futuro e Novas Políticas do Setor de Óleo e Gás”. O encontro contou com especialistas do setor, que discutiram as diretrizes para aumentar o percentual de etanol na gasolina e de biodiesel no diesel, um passo importante para fomentar a sustentabilidade e a inovação no setor energético brasileiro.
A proposta de aumentar a mistura de etanol para 35% e de biodiesel para 25% é uma inovação trazida pela lei “Combustível do Futuro”, recentemente sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No período da manhã, o workshop focou na melhoria do E35, aumentando a mistura de etanol na gasolina para até 35%. Os debates incluíram discussões sobre as condições para garantir a robustez dos testes, englobando desde a escolha dos veículos até os critérios para representar a forma adequada do mercado automotivo. Esses testes buscam garantir a segurança e a eficácia da mistura em condições reais, avaliando desempenho, durabilidade e impacto ambiental.
De acordo com a Bioenergia Brasil, entidade que representa o setor sucroenergético brasileiro, o aumento do percentual de etanol à gasolina trará diversos benefícios, como o impacto positivo na balança comercial.
Com o E30, o Brasil deixará de importar US$ 730 milhões em gasolina por ano, enquanto com o E35 esse valor aumentará para US$ 1,95 bilhões, beneficiando a economia brasileira.
Elevação do teor de octanagem da gasolina;
Estímulo ao desenvolvimento de novas tecnologias;
Redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE);
Possibilidade real de redução de preços ao consumidor.
Segundo a entidade, que destacou esses pontos em um documento, esses avanços não comprometerão a segurança do abastecimento, reforçando o compromisso do setor com a sustentabilidade.
O secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Mendes, destacou o protagonismo do Brasil na transição energética global, ressaltando que o país tem potencial para ser um exemplo mundial no uso de combustíveis renováveis.
“Precisamos colocar o Brasil na vanguarda, liderando a transição energética mundial. E nada melhor do que liderar pelo exemplo, compartilhando informações e tecnologias para que outros países possam seguir esse caminho”, declarou
Próximos workshops
Nos próximos meses, o MME continuará promovendo workshops para debater as etapas seguintes da regulamentação de políticas públicas no setor de petróleo e gás. Com foco na recém-sancionada lei “Combustível do Futuro” e nas decisões do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de agosto, os eventos, abertos ao público, ocorrerão no auditório do MME.
Kiara Duarte
*Com informações de Assessoria Especial de Comunicação Social – MME e Sindalcool-PB