Crescimento da atuação feminina no campo é marcado pela quebra de barreiras no cenário “dominado” pelos homens

Dia Internacional da Mulher

Nesta terça-feira (8/3) comemora-se o Dia Internacional da Mulher, e quem já não ouviu a velha e querida frase “todo o dia é dia da mulher”? Concordo plenamente, mas que tal fazer deste dia mais que especial e falar da atuação feminina no campo? Sim, cada vez mais, as mulheres se fazem presentes no campo do agronegócio. Pecuaristas, pesquisadoras, agricultoras, agrônomas, executivas de empresas do setor e empreendedoras, com o passar do tempo elas estão mais presentes e ativas mostrando a sua igualdade e seu valor.

Como um belo exemplo, temos a Sabrina Caneppele, que com apenas 23 anos de idade, já é Engenheira Agrônoma, se formou em 2021, mas atua na área agrícola desde 2017.

Sabrina Caneppele conta que a paixão pelo campo surgiu ainda quando criança, ela gostava de ir juntamente com seu pai para uma pequena propriedade onde ele produzia algumas frutas, milho e amendoim “nos reuníamos em família para colher, deixar secar, debulhar e colocar em litros para doação e venda”. Para ela, o campo sempre refletiu o amor, a união e a importância de se doar para o mundo, mesmo que em pequenas proporções. “Tenho tios e primos produtores rurais, os quais sempre me deram incentivo e oportunidades de estar próxima ao meio. Enquanto a agricultura é o combustível da humanidade, o brilho nos olhos de cada produtor que tenho a oportunidade de conhecer, é o que me vigora”, ressaltou.

Sabrina Caneppele trabalha com Mentoria Agro.

O curso de Engenharia Agronômica é frequentado pela maioria masculina, entretanto, Sabrina relata que na Faculdade já era visível o aumento do interesse feminino para o setor agrícola. “A porcentagem de mulheres no meio agrícola vem aumentando, em minha sala já éramos 11 mulheres para 40 homens. Ainda é uma área onde o interesse masculino é muito grande, mas isso não faz com que nós mulheres, que nos identificamos com o setor não possamos ingressar e ter muitas conquistas”. Sobre o preconceito, Sabrina Caneppele revela não ter passado por esse tipo de situação, contudo, acredita que este estigma está ligado a forma que a pessoa se posiciona, as companhias e escolhas que são tomadas durante a graduação e início de carreira profissional. “Isto vale para todos os gêneros que se encontram no setor”.

Segundo a Engenheira Agrônoma, estudos realizados por diversas pesquisas mostra que o campo sempre contou com a presença feminina, mas, até pouco tempo, era apenas em espaços secundários. “A tomada de posições de liderança é recente e tem altas expectativas de crescimento”. Em relação aos desafios para pertencer ao meio, ela afirma que existe, porém todos são superáveis. “O que precisamos é nos preparar para atuar no setor e ter o conhecimento da área ao qual estamos inseridos. É importante ser determinada e não deixar que nada atrase seus objetivos. Quem conquista respeito são os resultados e cá entre nós, podemos ser muito boas nisso”, comemorou.

Sabrina Caneppele trabalha com Mentoria Agro, entretanto, os seus objetivos profissionais estão se moldando de acordo com as experiências que ela teve. “Cada dia que passa vejo a importância de estar conectada com pessoas e estar contribuindo para o crescimento e sustento do nosso país. Quero cada vez mais estar presente no ambiente produtivo podendo contribuir nos momentos de adversidades e comprometida com o aumento da produtividade de nossos produtores. Aprimorando cada vez mais meus conhecimentos e poder passar essas experiências adiante, hoje, também através de ferramentas digitais como o Instagram, onde tento mostrar meu dia a dia como mulher no campo”.

Nesta data tão significativa para as mulheres que lutam diariamente por sua representatividade, Sabrina Caneppele retrata a mulher forte, cheia de ideais e que é capaz de vencer qualquer desafio. “Independente da área de atuação, a satisfação profissional e o propósito vão além dos rótulos impostos pela sociedade. É um orgulho muito grande ser mulher e não é diferente no meio agrícola, única pessoa capaz de nos limitar somos nós mesmas”, conclui.

Siga Sabrina Caneppele e conheça seu trabalho.

Fonte: Ana Paula Leite

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