Indústria 5.0: como ela vai melhorar a nossa vida?

Por João Pires

As revoluções tecnológicas estão se concretizando em tempos recordes. A Indústria 4.0, marcada pela automação e eficiência operacional, já completou mais de dez anos, favorecendo o desempenho das empresas de vários segmentos ao redor do mundo. Com fortes pilares construídos, as portas para a Indústria 5.0 já estão abertas, trazendo conceitos importantes para um novo modelo de negócios baseado não apenas na otimização dos processos, mas principalmente, em aliá-los a um propósito maior, a qualidade de vida das pessoas.

Esse conceito trata de adicionar o toque humano às inovações tecnológicas da Indústria 4.0. Não se trata apenas de tecnologia, mas do trabalho em conjunto entre humanos e robôs. Ela reconhece a importância dos avanços robóticos, digitais e de automatização, sem abrir mão do potencial da inovação criativa e do papel do ser humano no processo de manufatura.

Na prática, ninguém imaginava que a Indústria 4.0 traria tantos avanços impressionantes e vantajosos em tão pouco tempo. Processos de interoperabilidade desenvolvidos por meio da inteligência artificial ganharam força nos últimos anos – proporcionando o surgimento de máquinas inteligentes, smart watches, consultas online e muitos modelos de negócios descentralizados com soluções altamente modernas. Um dos exemplos mais clássicos foi o Bitcoin, uma das criptomoedas que mais se destacou internacionalmente pela dispensa de controle e administração governamental.

A produtividade e competitividade foram os grandes preceitos que conduziram o empreendedorismo 4.0 nos últimos anos, IOT (Internet of Things), machine learning, vitualização com automação aos processos. Seus benefícios foram tamanhos que, startups que oferecem produtos e soluções para a inovação neste setor, registraram um crescimento de 427% no valor recebido em investimentos em 2021, segundo dados da pesquisa Distrito Indústria 4.0 Report. Agora, colhendo os frutos destes avanços, uma nova necessidade foi identificada e vem sendo redirecionada às estratégias corporativas. O ser humano se tornou o grande protagonista e foco da quinta revolução industrial.

Com uma arquitetura voltada a serviços, a preocupação com a sociedade, os processos ambientais e o impacto para a vida do ser humano, se tornaram prioridade. Não à toa, os investimentos nas práticas socioambientais e de governança, sob a sigla ESG, ganharam tamanha notoriedade nos últimos anos. A expectativa, segundo uma pesquisa conduzida pela Bloomberg, é de que os investimentos nessa área devem chegar a US$ 53 trilhões até 2025. Mas, muito mais do que ter o conhecimento técnico necessário para se inserir neste novo contexto, a Indústria 5.0 necessitará de profissionais com amplas soft skills, como comunicação, autogestão e criatividade.

Todas essas habilidades são essenciais para unir a eficiência das máquinas ao trabalho humano em prol da qualidade de vida e da sustentabilidade em todo o mundo. O mindset corporativo será completamente reformulado: unindo essas mudanças interpessoais com a maior colaboração de todas as áreas organizacionais, de forma que todos operem em conjunto, visando o mesmo objetivo.

As oportunidades de crescimento em termos de infraestrutura são imensas no nosso país. Em um contexto de permanentes avanços, não há como ficar de fora destas revoluções – especialmente, diante de importantes novidades que estão chegando no mercado, como a chegada do 5G. Os processos ágeis, autogestão orçamentária e controle de projetos devem ser priorizados para que as empresas consigam automatizar estas responsabilidades, reduzindo a burocracia e elevando seu desempenho e produtividade. Para isso, o apoio de sistemas modernos e completos é indispensável – assim como medidas de cibersegurança embasadas nas normas estabelecidas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Estamos no meio de uma verdadeira revolução, onde muito além de investir em inovação de produtos e serviços, precisamos usar as tecnologias da Indústria 5.0 para melhorar a vida das pessoas. As máquinas nunca substituirão completamente o trabalho humano, e devem ser aliadas na rotina interna para uma maior conquista das metas estipuladas. Uma realidade na qual não podemos ficar alienados ou acionar o piloto automático – mas, incorporá-la imediatamente, para que um negócio cresça e alcance o sucesso almejado no mercado.

João Pires é executivo de Vendas da SPS Group. Formado em Marketing e Gestão Comercial pela UMESP, possui mais de 15 anos de experiência em vendas complexas, apresentando soluções das mais avançadas tecnológicas para organizações de todos os setores da economia.

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