Açúcar: contratos futuros fecham mistos; etanol volta a subir com impulso do petróleo

Os contratos futuros do açúcar fecharam nesta quarta-feira (24/2) mistos nas bolsas internacionais, enquanto o mundo avalia os impactos da invasão russa na Ucrânia. Muitos investidores buscaram refúgios seguros e redução de exposição diante de ativos mais arriscados, segundo apurou a Reuters em sua análise diária sobre os preços das commodities.

Em Nova York a quinta-feira foi baixa no lote março/22 do açúcar bruto que expira na segunda-feira. O contrato foi comercializado com baixa de 21 pontos e negócios em 18,32 centavos de dólar por libra-peso. Durante a sessão a commodity chegou a bater 18,87 cts/lb, máxima desde janeiro, mas se ajustou durante o dia. Os contratos com vencimento maio/22 subiram 3 pontos, negociados a 17,91 cts/lb. Os demais lotes oscilaram entre queda de 9 pontos e alta de 6 pontos.

Ainda segundo a Reuters, os preços do petróleo Brent subiram acima de 105 dólares o barril pela primeira vez desde 2014, ontem, devido aos temores da guerra. "O aumento dos preços da energia pode levar as usinas de cana-de-açúcar do Brasil, maior produtor, a desviar a produção do açúcar para o etanol, um biocombustível à base de cana, embora os comerciantes tenham observado que o Brasil está mantendo um controle rígido sobre os preços dos combustíveis".

Açúcar branco

Em Londres o açúcar branco também fechou a quinta-feira misto, com alta nas cinco primeiras telas e recuo nas demais. O vencimento maio/22 foi contratado a US$ 499,50 a tonelada, valorização de 3,80 dólares no comparativo com a véspera. Já a tela agosto/22 subiu 3,50 dólares, contratada a US$ 487,80 a tonelada. Os demais contratos oscilaram entre queda de 1,30 e valorização de 2,50 dólares.

Açúcar cristal

O mercado doméstico também sentiu a pressão e fechou desvalorizado no Indicador Cepea/Esalq, da USP, para o açúcar cristal. A saca de 50 quilos foi negociada a R$ 136,21, contra R$ 139,34 praticado na véspera, desvalorização de 2,25% no comparativo entre os dias. Esta foi a quinta queda seguida do Indicador, que já acumula baixa de 7,37% no mês de fevereiro.

Etanol hidratado

Já o Indicador Diário Paulínia que mede o etanol hidratado voltou a subir nesta quinta puxado pelo petróleo, revertendo uma sequência de quatro quedas seguidas. Ontem, o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.951,50 o m³, contra R$ 2.920,00 o m³ praticado na quarta-feira, valorização de 1,08% no comparativo entre os dias.

Fonte: Agência UDOP de Notícias

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