Os segredos nutricionais do milho

Por: Valter Casarin

O milho é um alimento básico em grande parte do mundo, sendo muito utilizado para a nutrição humana e animal.  Por ser um alimento versátil, existem 3 bons caminhos para saboreá-lo: na espiga, em grãos ou na pipoca. Este cereal nativo da América é uma comida versátil, podendo ainda ter derivados como farinha, sêmola, óleo, farelo, amido e xarope de milho, que podem ser encontrados em uma infinidade de alimentos, do café da manhã à sobremesa.

Dentre suas várias características, o milho é um cereal rico em nutrientes; excelente fonte de carboidratos; livre de glúten; com alto poder antioxidante; boa fonte de fibra alimentar. Como grão integral, o milho é um dos alimentos que protegem a saúde. Numerosos estudos associaram o consumo deste tipo de alimento a um risco reduzido de doenças cardíacas, acidente vascular cerebral, câncer, diabetes tipo 2 e obesidade. Claro, que o tamanho da porção é importante!

A contribuição do milho em várias vitaminas do complexo B é duas a três vezes maior do que a de outros vegetais frescos. Estas vitaminas desempenham um papel importante no metabolismo celular. Além disso, o milho também contém potássio, um mineral que auxilia na boa pressão arterial, função cardíaca e contrações musculares. A vitamina A também está presente no milho, protegendo contra o declínio cognitivo, auxiliando o sistema imunológico e ajudando a formar as membranas das mucosas do trato respiratório. O milho é o único cereal que contém carotenoides. Esses antioxidantes são essenciais para a saúde ocular e para a prevenção de diversas doenças, como o Alzheimer.

Outro benefício de comer milho é seu teor de fibras insolúveis. Este tipo de fibra não é decomposto ou absorvido na corrente sanguínea, o que significa que permanece no sistema digestivo, aumenta o volume das fezes e ajuda a eliminar os resíduos do corpo. Resultado: menos constipação, um risco reduzido de hemorroidas, bem como câncer de cólon. A fibra de milho também ajuda a controlar melhor o peso, aumentando a sensação de saciedade após as refeições.

O desenvolvimento da planta de milho, sua produção e, principalmente, a qualidade nutricional dos grãos de milho são dependentes do adequado suprimento de nutrientes pelo solo. Infelizmente, muitos dos solos onde as plantas de milho são produzidas não atendem às reais necessidades nutricionais da planta, ou por se tratar de solos naturalmente pobres em nutrientes ou por solos com reduzida disponibilidade de nutrientes decorrentes da constante exportação decorrentes das sucessivas safras agrícolas.

Em função da carência de alguns nutrientes no solo, há a necessidade de adicionar ou repor estes nutrientes ao solo. O meio mais eficiente e barato é através da adubação, ou seja, pela aplicação de fertilizantes. Os fertilizantes têm a função de suprir as necessidades nutricionais da planta de milho, de maneira a garantir um alimento altamente nutritivo, rico em vitaminas e minerais, favorecendo uma vida com mais saúde para aqueles que se alimentam deste grão. 

 O impacto para a planta em caso de falta de nutrientes é preocupante.  Por ser um ser vivo, a carência de um único nutriente pode comprometer o desenvolvimento e produção da planta de milho. Os efeitos negativos se tornam mais graves quando ocorre a carência de mais de um nutriente. Já, para nós, que somos dependentes do valor nutritivo do grão de milho, estaremos ingerindo um alimento com baixo valor nutritivo, ou seja, sem o potencial nutricional que o alimento pode proporcionar para nossa saúde.

Em suma, os fertilizantes devem suprir as necessidades nutricionais da planta de milho, de maneira a garantir um alimento altamente nutritivo, rico em vitaminas e minerais, favorecendo uma vida com mais saúde para aqueles que se alimentam deste grão. É por esse motivo que nutrir o solo é o melhor caminho para nutrir equilibradamente as pessoas.

Valter Casarin é Coordenador Científicos da NPV

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