Da Redação
A safra da cana-de-açúcar 2020/2021 totalizou 48,8 milhões de toneladas processadas em Mato Grosso do Sul. O volume foi 2,7% maior comparado à safra anterior. Em 2022, as condições climáticas no Centro-Sul do Brasil e a possibilidade de redução no preço dos combustíveis estão entre os principais pontos de atenção que podem impactar na safra.
Os especialistas da S&P Global Platts Analytics, afirmam que apesar da previsão das chuvas ficarem abaixo dos níveis históricos neste ano, o volume será suficiente para garantir o bom desenvolvimento da cana-de-açúcar.
Segundo a companhia, no Estado de São Paulo, responsável pela produção de quase 60% da cana do Centro-Sul brasileiro, o desenvolvimento estava próximo do normal até o início de janeiro, mas em Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás a situação está abaixo do histórico e mais próxima de 2021.
Entre fevereiro e abril, a previsão de longo prazo sugere chuvas próximas ou acima da média histórica nas principais regiões produtoras de cana. A previsão meteorológica normal suporta nossa estimativa atual de moagem de cana de 555 milhões de toneladas para o CS Brasil 2022-23. Ainda de acordo com a companhia, o crescimento da cana nos próximos dois meses pode definir o início da safra no Centro-Sul do Brasil.
Sobre os impostos dos combustíveis, a S&P Global Platts Analytics reforça que os tributos federais para gasolina e etanol hidratado forem zerados e as mudanças repassadas ao longo da cadeia. Os preços da gasolina na bomba ganhariam até oito pontos porcentuais de vantagem sobre o hidratado. Isso pode contribuir com a redução da demanda de etanol e, consequentemente, impactar os preços nas usinas, afetando o mix de açúcar na safra 2022/23.
Texto: com informações do Estadão Conteúdo
Foto divulgação Embrapa