Aviação brasileira atrai investidores privados com concessões de aeroportos

Aviação brasileira atrai inv
Aviação brasileira atrai inv
Aviação brasileira atrai inv
Aviação brasileira atrai inv
Aviação brasileira atrai inv
Aviação brasileira atrai inv

Com principais terminais nas mãos de empresas, aviação regional do País deve passar a ser o próximo destino de investimentos; Antares Polo Aeronáutico lidera mudanças no cenário da aviação geral brasileira

A concessão para a iniciativa privada de 28 aeroportos, portos e ferrovia por parte do Governo Federal em 2021, que garantiu R$ 10 bilhões em investimentos para os próximos 30 anos nesses modais, injetou novo ânimo no setor e atrai empresários brasileiros e estrangeiros interessados na aviação brasileira. Neste ano, a União prevê dar, ainda, andamento às concessões de mais 16 aeroportos, entre eles os terminais Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e Congonhas, em São Paulo, considerados os principais do Brasil. 

O espaço para crescimento no País é um dos principais atrativos, segundo o CEO da Zurich Latin America, Tobias Markert, que assumiu os aeroportos de Florianópolis (SC) e o de Confins (MG), entre outras regiões. "Escolhemos vir para o Brasil pelo enorme potencial que o país tem, tanto por tamanho territorial quanto pela quantidade de pessoas", afirmou em recente entrevista ao portal UOL.

O potencial descrito por Tobias pode ser verificado na comparação dos números do modal entre Brasil e Estados Unidos. Segundo números do Fórum Brasileiro do Transporte Aéreo, enquanto o país norte-americano possui 5.535 aeronaves de linhas aéreas regulares em 22 mil aeroportos, o Brasil possui 509 aviões em 4 mil locais para pousos e decolagens. Em número de cidades atendidas por linhas aéreas, os brasileiros perdem feio: 109 contra 3 mil nos Estados Unidos. 

Cenário regional

Na aviação regional, o Brasil também está muito atrás dos americanos em número de frota de aeronaves: são 1.882 aviões usados em linhas aéreas regionais no país do Tio Sam, enquanto aqui temos 54 aeronaves. “O Brasil tem uma aviação menor do que precisa”, alertou o presidente do Fórum Brasileiro do Transporte Aéreo (FBTA), o engenheiro aeronáutico e cofundador da Embraer, Ozires Silva, no evento.

No Fórum, foram levantados problemas e soluções sobre a qualidade e oferta de serviços de transporte aéreo em regiões com cidades de menor porte e atualmente não atendidas. De acordo com uma carta aberta redigida durante o evento, para cada R$ 1 milhão investido na aviação regional, há um retorno de R$ 4 a 5 milhões em desenvolvimento local. 

Para o aviador Fernando de Bortholi, que possui uma rede de seguidores que passa de 3 milhões no canal no YouTube, o Aero Por Trás da Viação, e nas redes sociais Instagram e Facebook, a existência de passageiros e de aeroportos e a conectividade com a malha aérea nacional são fundamentais para o desenvolvimento do setor e do próprio Brasil. “A conexão aérea consegue diminuir o tamanho de um país continental. É necessário, sim, garantir o desenvolvimento do setor aéreo, porque, a economia como um todo, vai se beneficiar com isso”, explica Fernando.

O aviador defende investimentos na aviação regional. “É importante justamente para abrir novos horizontes, para conectar novas cidades, que não são conectadas. A gente tem um problema de infraestrutura rodoviária e ferroviária no País, a gente não consegue conectar muitos lugares no interior via terrestre. Colocar uma malha aérea regional é importante para conectar esses locais e isso passa pela criação de novos aeroportos”.

Centro do País

É o mesmo entendimento de um dos sócios do Antares Polo Aeronáutico, Rodrigo Neiva. “Infelizmente, a aviação regional acabou no Brasil. Mas, essas mudanças [entrada de investimentos privados], com certeza, vão fomentar a retomada. Em nosso País, continental, é essencial o uso de aeronaves, principalmente de forma regional, que acaba alimentando a aviação nacional e até internacional. No fim, haverá um dinamismo para ajudar a agricultura e até o turismo”, disse o executivo.

O projeto do Antares nasceu após a constatação da necessidade de um lugar amplo, que pudesse atender a aviação, bem no centro do Brasil. Atualmente em construção em Aparecida de Goiânia, é voltado para a aviação geral, envolve investimentos na ordem de R$ 100 milhões, e traz o modelo de operação executiva realizado nos Estados Unidos e na Europa. Previsto para ser entregue em 2024, o empreendimento terá estrutura completa para voos executivos, transporte de cargas, fabricação e manutenção de aeronaves, serviços aeromédicos, aviação agrícola, entre outros tipos.

“Para Goiás, esse aeroporto é um divisor de águas. Vem de uma forma muito estratégica e vai ser um hub na aviação regional, de negócios, de executiva, logística. Para o país, é um ponto centralizado de apoio, manutenção e escalas”, defende Rodrigo Neiva.

De Bortholi diz que o empreendimento em Aparecida de Goiânia é um exemplo do que precisa ser feito no Brasil inteiro. É um investimento importante que vários locais do Brasil precisam receber e aumentar a infraestrutura aérea. Costumo dizer que todo mundo precisa da aviação, mesmo sem nunca ter subido em um avião na vida. O setor precisa de mais investimentos, mais cuidados não só para carregar pessoas, mas também para carregar cargas, insumos… tudo o que precisa chegar a todos os lugares do país”.

Notícias relacionadas
© Operação multimodal especial da Brado aumenta movimentação de defensivos agrícolas

Operação multimodal especial da Brado aumenta movimentação de defensivos agrícolas

© Preço do frete por quilômetro cai pela primeira vez desde maio e fecha outubro em R$ 6,40, aponta Edenred Repom

Preço do frete por quilômetro cai pela primeira vez desde maio e fecha outubro em R$ 6,40, aponta Edenred Repom

© Rota Bioceânica: obra da ponte binacional já passa da metade e população vive expectativa do crescimento

Rota Bioceânica: obra da ponte binacional já passa da metade e população vive expectativa do crescimento

© Com investimentos e parcerias, Mato Grosso do Sul tem uma das melhores malhas rodoviárias do Brasil

Com investimentos e parcerias, Mato Grosso do Sul tem uma das melhores malhas rodoviárias do Brasil

Comentários 0
Deixe seu comentário
or

For faster login or register use your social account.

Connect with Facebook