Os contratos futuros do açúcar iniciam a segunda semana do ano em baixa nas bolsas internacionais, o mercado segue influenciado pelas chuvas no sudeste brasileiro. A segunda-feira (10) também foi marcada pela desvalorização do petróleo, que em teoria, influencia diretamente a competitividade do etanol ante outros combustíveis.
Em Nova York, na ICE Future, o açúcar bruto, no vencimento março/22, foi comercializado a 17,83 centavos de dólar por libra-peso, 22 pontos a menos do que os preços da véspera. Já a tela maio/22 caiu 21 pontos, negociada a 17,59 cts/lb. Os demais lotes recuaram entre 7 e 20 pontos.
Analistas ouvido pela Reuters relatam que mais chuvas estão previstas para o maior produtor da commodity, o Brasil, nos próximos 10 dias, melhorando as perspectivas de safra. Além disso, as colheitas de cana-de-açúcar na Índia e na Tailândia começaram com resultados positivos.
"Chuvas estão levando a uma visão mais otimista para a safra brasileira 2022/23", disse a consultoria Hedge Point Global Markets, se referindo também a revisão para cima de sua estimativa atual de 550 milhões de toneladas de cana para o Centro-Sul.
Ainda segundo a Reuters, a desvantagem do açúcar parece limitada, uma vez que, os preços caíram para baixo da paridade com o etanol no Brasil. Com isso, as usinas de cana devem desviar parte da produção do açúcar para o biocombustível.
Açúcar branco
Na ICE Future Europe, em Londres, a segunda-feira também fechou desvalorizada em todos os lotes do açúcar branco. O vencimento março/22 foi contratado a US$ 481,30 a tonelada, desvalorização de 4,50 dólares no comparativo com a véspera. Já a tela maio/22 desceu 4,00 dólares, com as negociações em US$ 475,80 a tonelada. Os demais contratos caíram entre 1,00 e 4,70 dólares.
Açúcar cristal
Pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP, a saca de 50 quilos do açúcar cristal fechou a segunda-feira a R$ 151,34, com um recuo de 1,04%.
Etanol hidratado
As cotações do etanol hidratado, segundo o Indicador Diário Paulínia, fecharam ontem (10) em baixa. O biocombustível foi negociado a R$ 3.406,50 o m³, com uma desvalorização de 0,16% no comparativo com a véspera.
Caroline RochaFonte:
Agência UDOP de Notícias