Goiânia e Campo Grande são as cidades do Centro-Oeste mais bem avaliadas em desenvolvimento sustentável

Goiânia e Campo Grande são a
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Índice, que analisou dados de 59 municípios da região, aponta os mais próximos e os mais distantes de atingir os 17 objetivos previstos na Agenda 2030

Quais as cidades do Centro-Oeste do país mais próximas de atingir os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) previstos na Agenda 2030? Quais as mais distantes de alcançar as metas? As respostas para essas e outras questões relacionadas ao tema podem ser encontradas no Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades - Brasil (IDSC-BR).
Goiânia (GO) e Campo Grande (MS) são os municípios da região mais bem classificados no ranking elaborado pelo IDSC-BR, ou seja, estão mais próximos de cumprir os ODS. A pontuação média da capital goiana no índice é de 61,68, enquanto a da sede administrativa de Mato Grosso do Sul chega a 58,64.
O IDSC-BR analisou os dados de 59 cidades do Centro-Oeste - 50 localizadas no estado de Goiás, cinco em Mato Grosso do Sul e quatro em Mato Grosso - e, pela metodologia utilizada no estudo, quanto mais perto de 100 a pontuação estiver, menor a distância para o município atingir os objetivos definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015.

As 10 cidades melhores classificadas da região Centro-Oeste no IDSC-BR
Cidade Pontuação
1ª Goiânia (GO) 61,68
2ª Campo Grande (MS) 58,64
3ª Nerópolis (GO) 57,59
4ª Anápolis (GO) 56,27
5ª Nova Veneza (GO) 56,05
6ª Rondonópolis (MT) 54,85
7ª Inhumas (GO) 54,83
8ª Goianésia (GO) 54,55
9ª Águas Lindas de Goiás (GO) 54,52
10ª Dourados (MS) 54,48

O Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades - Brasil (IDSC-BR) permite também comparar a pontuação dos municípios do Centro-Oeste com a registrada por aqueles localizados em outras regiões do país. Ao fazer isso, verifica-se que Goiânia está na 111ª posição do ranking nacional. Campo Grande encontra-se na 225ª colocação.


Campo Grande é a segunda cidade com maior pontuação da região Foto: Flavio Andre/MTur
Ao todo, o levantamento avaliou e comparou dados de 770 municípios brasileiros, incluindo as capitais estaduais, cidades das regiões metropolitanas mais populosas e de todas as regiões e biomas do país.
Focando apenas nos municípios da região Centro-Oeste, os de menor pontuação média no índice e, portanto, os mais distantes de atingir os ODS são Vila Boa (GO) e Flores de Goiás (GO). O primeiro registra 38,99 pontos e o segundo, 39,25.
No ranking nacional, Vila Boa está na 757ª colocação e Flores de Goiás na 755ª posição.

Confira a classificação das demais cidades avaliadas no Centro-Oeste
Cidade Pontuação
11ª Goianápolis (GO) 54,27
12ª Mundo Novo (MS) 54,27
13ª Santo Antônio de Goiás (GO) 53,54
14ª Mimoso de Goiás (GO) 53,53
15ª Cidade Ocidental (GO) 53,15
16ª Aparecida de Goiânia (GO) 53,07
17ª Trindade (GO) 52,93
18ª Santo Antônio do Descoberto (GO) 52,92
19ª Guapó (GO) 52,78
20ª Formosa (GO) 52,67
21ª Cuiabá (MT) 52,47
22ª Abadiânia (GO) 52,22
23ª Terezópolis de Goiás (GO) 51,61
24ª Alto Paraíso de Goiás (GO) 51,60
25ª Bonfinópolis (GO) 51,53
26ª Brazabrantes (GO) 51,36
27ª Planaltina (GO) 51,08
28ª Goianira (GO) 51,01
29ª Abadia de Goiás (GO) 50,61
30ª Barro Alto (GO) 50,54
31ª Caldazinha (GO) 50,48
32ª Padre Bernardo (GO) 50,30
33ª Valparaíso de Goiás (GO) 50,16
34ª Aragoiânia (GO) 49,79
35ª Cocalzinho de Goiás (GO) 49,69
36ª Corumbá (MS) 49,51
37ª Bela Vista de Goiás (GO) 49,29
38ª Luziânia (GO) 49,23
39ª Senador Canedo (GO) 49,07
40ª Pirenópolis (GO) 48,58
41ª Hidrolândia (GO) 48,56
42ª Cáceres (MT) 48,44
43ª Caturaí (GO) 48,32
44ª Corumbá de Goiás (GO) 47,98
45ª Niquelândia (GO) 47,70
46ª Novo Gama (GO) 47,69
47ª Alexânia (GO) 47,46
48ª Campo Novo do Parecis (MT) 47,44
49ª Vila Propício (GO) 46,48
50ª Aquidauana (MS) 45,84
51ª Cabeceiras (GO) 45,27
52ª São João d'Aliança (GO) 45,03
53ª Alvorada do Norte (GO) 44,98
54ª Água Fria de Goiás (GO) 44,24
55ª Cristalina (GO) 43,39
56ª Cavalcante (GO) 42,33
57ª Simolândia (GO) 42,19
58ª Flores de Goiás (GO) 39,25
59ª Vila Boa (GO) 38,99

Maiores desafios da região
Elaborado pelo Programa Cidades Sustentáveis, em parceria com a Sustainable Development Solutions Network (SDSN) e com apoio do Projeto CITinova, o IDSC-BR revela ainda a situação dos municípios em relação a cada um dos 17 ODS.
Segundo os dados separados por objetivo, os maiores desafios para o conjunto das cidades do Centro-Oeste cumprir a Agenda 2030 estão relacionados ao ODS3 - Saúde e Bem-Estar, ODS 4 - Educação de Qualidade, ODS 10 - Redução das Desigualdades e ODS 5 - Igualdade de Gênero.
Dos 59 municípios da região avaliados, 58 estão com o OD3 - Saúde e Bem-Estar assinalado em vermelho, a pior avaliação da tabela de cores estruturada no levantamento. Apenas uma, Corumbá de Goiás, registra o objetivo na cor laranja, a segunda pior na escala.
Situação parecida ocorre com o ODS 4 - Educação de Qualidade e ODS 10 - Redução das Desigualdades. Ambos registram cor vermelha para 57 cidades e laranja em apenas duas.
Já o ODS 5 - Igualdade de Gênero tem marcação vermelha para 56 municípios, enquanto três estão em laranja.
A tabela registra ainda as cores verde - a melhor avaliação - e a amarela - a segunda melhor.
Para elaborar a tabela de cores por ODS e a pontuação de cada município, o IDSC-BR utilizou 88 indicadores de gestão relacionados aos diversos temas abordados pelos 17 ODS. O levantamento dos dados foi realizado pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap).

Índice ainda não inclui ampliação das queimadas e impactos da pandemia
Os dados utilizados pelo IDSC-BR para avaliar o desempenho dos municípios são anteriores aos graves problemas enfrentados pela região Centro-Oeste de secas e queimadas, bem como do início da pandemia de Covid-19. Portanto, não incluem os impactos negativos desses fatos na saúde, educação, desigualdade social, meio ambiente e em outras áreas relacionadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Este ano, por exemplo, a área queimada do Pantanal superou a média histórica em período de seca. Localizado em Mato Grosso do Sul, o bioma é a maior planície alagável do planeta. Porém, está há três anos sem cheia nos rios, o que provoca consequências econômicas, sociais e ambientais para toda a região.
Em relação ao novo coronavírus, de acordo com especialistas, a pandemia piorou os indicadores de saúde, ampliou as desigualdades e, em virtude do necessário fechamento de escolas, afetou o aprendizado dos alunos e provocou evasão escolar.
Focando apenas neste último ponto, a educação, o Banco Mundial emitiu um relatório alertando que as consequências podem ser graves e duradouras para o processo de aprendizagem. "Dois a cada três alunos brasileiros podem não aprender a ler adequadamente um texto simples aos 10 anos", afirma o documento, que analisou o impacto da Covid-19 na educação dos países da América Latina e Caribe.
Portanto, os desafios para as cidades alcançarem os ODS podem ser ainda maiores.

Foto: Portal MS

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