A bioenergia de Mato Grosso deu mais um passo rumo à internacionalização. A Bioind (Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso) assinou um memorando de entendimento com a Donlink, uma das maiores empresas agroindustriais da China, em articulação com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec). O objetivo: abrir o mercado chinês para o DDG — coproduto resultante da produção de etanol de milho, amplamente utilizado na alimentação de frangos, suínos e bovinos.
A iniciativa reforça o protagonismo do estado, que responde por cerca de 80% do etanol de milho produzido no Brasil, e sinaliza novas oportunidades comerciais para as usinas mato-grossenses.
“Ao buscarmos a abertura do mercado para o DDG, estamos fomentando toda a cadeia do etanol."
Diplomacia comercial e valorização do DDG
O diretor-executivo da Bioind, Giuseppe Lobo, destaca que o movimento é estratégico para toda a cadeia da bioenergia:
“Ao buscarmos a abertura do mercado para o DDG, estamos fomentando toda a cadeia do etanol. Esse movimento sinaliza ao investidor que Mato Grosso tem capacidade produtiva, competitividade e que o DDG pode se tornar um ativo valorizado para as usinas de etanol.”
O memorando representa um compromisso de cooperação mútua entre as partes e marca o início das negociações para viabilizar a exportação do produto para o mercado chinês — um dos maiores consumidores mundiais de insumos para nutrição animal.
Com a construção de novas pontes diplomáticas e comerciais, o futuro do setor bioenergético em Mato Grosso se torna ainda mais promissor, consolidando o estado como referência nacional e internacional em inovação e sustentabilidade na produção de biocombustíveis.