A geração de bioeletricidade a partir da cana-de-açúcar atingiu 21.218 GWh em 2024, um aumento de 1,2% em relação ao ano anterior, segundo o Boletim Bioeletricidade da UNICA. O montante equivale a 32% da geração da Usina de Itaipu e corresponde a quase 4% do consumo nacional de energia elétrica, podendo ultrapassar 6% entre maio e outubro, período crítico para o Sistema Interligado Nacional (SIN).
A biomassa da cana, composta por bagaço e palha, foi responsável por 75% de toda a geração de bioeletricidade para a rede no Brasil. Esse tipo de energia tem papel fundamental na segurança energética do país, já que 84% da sua geração ocorre entre maio e novembro, coincidindo com a safra canavieira na Região Centro-Sul e garantindo oferta de energia em momentos de menor disponibilidade hídrica.
Além do crescimento na geração, a bioeletricidade contribuiu para a redução de emissões de CO₂ em 6,1 milhões de toneladas, equivalente ao plantio de 43 milhões de árvores ao longo de 20 anos. Também ajudou a poupar 15 pontos percentuais da energia armazenada nos reservatórios das hidrelétricas no submercado Sudeste/Centro-Oeste, principal região do setor elétrico nacional.
No ranking das fontes de energia, a biomassa ocupou a 4ª posição na matriz elétrica brasileira, atrás apenas de hidrelétrica, eólica e térmica a gás. Em capacidade instalada, a biomassa representou 8,5% da matriz elétrica brasileira em março de 2025, com 18.062 MW outorgados, ficando atrás apenas das fontes hídrica e eólica.
Com esse desempenho, o setor sucroenergético se consolida como um pilar estratégico para o fornecimento de energia renovável, sustentável e não intermitente, contribuindo para a segurança energética do Brasil e para o combate às mudanças climáticas.