A produção da indústria brasileira registrou queda em janeiro de 2025, conforme aponta a Sondagem Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta quarta-feira (19). O índice ficou em 48,9 pontos, abaixo da linha de 50, que separa crescimento de retração. Apesar do recuo, a queda foi menos intensa do que em anos anteriores.
A pesquisa revelou que a produção diminuiu nas pequenas e médias empresas, mas cresceu entre as grandes. Regionalmente, houve queda no Centro-Oeste, Norte e Sudeste, enquanto as indústrias do Sul e do Nordeste registraram crescimento.
O emprego industrial permaneceu praticamente estável no início do ano, com um índice de 49,6 pontos. Enquanto as grandes indústrias aumentaram suas contratações, as pequenas e médias reduziram seus quadros. No recorte por região, o número de empregados aumentou no Centro-Oeste e no Sul, mas caiu no Nordeste, Norte e Sudeste.
Outro dado relevante foi a Utilização da Capacidade Instalada (UCI), que subiu um ponto percentual em relação a dezembro, atingindo 69%, mantendo-se acima da média histórica pelo 11º mês consecutivo. O indicador avançou entre as grandes indústrias e se manteve estável nas médias, mas caiu entre as pequenas empresas.
Já os estoques industriais seguem abaixo do planejado pelos empresários. Pelo terceiro mês consecutivo, o índice ficou abaixo dos 50 pontos, refletindo a dificuldade de reposição. Apenas as indústrias do Norte e Nordeste não registraram queda nos estoques.
Apesar do cenário de recuo na produção, o otimismo para os próximos meses aumentou. Em fevereiro, os índices de expectativa para demanda, exportações, compras de matérias-primas e contratações cresceram, reforçando a confiança dos industriais. A intenção de investimento também subiu, atingindo 58 pontos, superando a média histórica em 5,7 pontos.
A pesquisa da CNI foi realizada entre 3 e 12 de fevereiro de 2025, com 1.453 empresas, sendo 595 de pequeno porte, 514 de médio porte e 344 de grande porte.