Mato Grosso do Sul aparece na liderança das principais projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 entre os estados brasileiros. Tanto o Banco do Brasil quanto a consultoria Tendências indicam o estado como o primeiro colocado no ranking nacional, com expansão prevista de até 4,4%. O agronegócio e a indústria de celulose são apontados como os grandes motores desse crescimento.
Projeções otimistas
De acordo com o ranking da consultoria Tendências, divulgado pelo jornal Estadão nesta segunda-feira (3), Mato Grosso do Sul deve registrar um crescimento de 4,4% no PIB, quase um ponto percentual acima de Mato Grosso, que aparece em segundo lugar com projeção de 3,7%. O levantamento tem à frente nomes como o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, e o ex-ministro da Fazenda, Mailson da Nóbrega.
Já o Banco do Brasil, em seu relatório revisado da Resenha Regional, também colocou Mato Grosso do Sul na liderança do crescimento econômico, projetando um avanço de 4,2% no PIB do estado, enquanto a média nacional deve ser de 2,2%. Mato Grosso e Rio Grande do Sul aparecem logo atrás, com projeções de 4,1% e 4,0%, respectivamente.
No cenário regional, o Centro-Oeste deve puxar o crescimento nacional, impulsionado pela safra de grãos, que pode alcançar o recorde de 322,25 milhões de toneladas em 2024/25. A média de crescimento da região está estimada em 3,2%, superando as demais: Sul (3%), Norte (2,7%), Nordeste (1,9%) e Sudeste (1,7%).
Agronegócio e celulose impulsionam economia
Álvaro Rezende/Secom
A força do agronegócio é evidente no estado, com projeção de crescimento do PIB agropecuário de Mato Grosso do Sul em 11,7%, o maior percentual do país, seguido pelo Rio Grande do Sul (11,4%). A média nacional para o setor agropecuário é de 6%, menos da metade do índice previsto para o estado sul-mato-grossense.
Além do agro, a indústria de papel e celulose também tem um papel central no crescimento econômico. Estão previstos R$ 105 bilhões em investimentos no setor até 2028, sendo mais de 70% desse montante destinado a Mato Grosso do Sul, totalizando R$ 75 bilhões, conforme dados da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá). Esses investimentos incluem a abertura de novas fábricas, ampliação das plantas já existentes e melhorias na infraestrutura logística para escoamento da produção.
Crescimento da renda e do mercado de trabalho
O crescimento do PIB do estado reflete diretamente na geração de empregos e na renda da população. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), a expansão da agroindústria tem impulsionado o mercado de trabalho e aumentado a remuneração dos trabalhadores.
"O rendimento médio mensal real da população residente passou de R$ 2.561 em 2015 para R$ 3.035 em 2023, demonstrando um aumento consistente da renda. Na indústria, a remuneração média também cresceu, passando de R$ 3.025,64 para R$ 3.547,95 no mesmo período", destaca Bruna Dias, coordenadora de Estatística e Economia da Semadesc.
Ela explica que esse avanço da renda média fortalece o consumo de produtos mais elaborados e serviços de maior valor agregado, incentivando a industrialização e a diversificação econômica do estado. "Esse processo gera impactos positivos em diversas áreas, consolidando Mato Grosso do Sul como um polo em crescimento acelerado", conclui.
Com um ambiente econômico favorável e setores estratégicos em expansão, Mato Grosso do Sul se firma como um dos estados com maior potencial de crescimento para os próximos anos, reforçando sua posição como referência no desenvolvimento agroindustrial e sustentável.
Fonte: Governo do MS