O mercado de trabalho brasileiro registrou em 2024 sua menor taxa de desemprego desde o início da série histórica do IBGE, em 2012. A taxa anual de desocupação ficou em 6,6%, representando uma redução de 1,2 ponto percentual em relação a 2023 (7,8%) e um recuo expressivo de 5,2 pontos percentuais quando comparado a 2019 (11,8%).
A população desocupada totalizou 7,4 milhões de pessoas no ano, uma queda de 13,2% (ou 1,1 milhão de pessoas) frente a 2023. Enquanto isso, a população ocupada atingiu o recorde de 103,3 milhões de pessoas, um crescimento de 2,6% em relação ao ano anterior e um avanço significativo de 15,2% na comparação com 2012.
O nível de ocupação também apresentou melhora, chegando a 58,6% da população em idade de trabalhar, o maior percentual da série histórica. A taxa de subutilização caiu para 16,2%, menor patamar desde 2014, e o número de trabalhadores informais representou 39,0% da população ocupada, leve recuo em relação a 2023 (39,2%).
Outro destaque foi o aumento do número de trabalhadores com carteira assinada, que cresceu 2,7% e chegou a 38,7 milhões de pessoas. Já os trabalhadores sem carteira assinada no setor privado somaram 14,2 milhões, um aumento de 6,0% no ano. O número de trabalhadores por conta própria subiu para 26 milhões, enquanto o de trabalhadores domésticos registrou leve queda de 1,5%, totalizando 6 milhões de pessoas.
O rendimento real habitual médio do trabalhador alcançou R$ 3.225, um crescimento de 3,7% frente a 2023. Já a massa de rendimento real somou R$ 328,6 bilhões, a maior da série histórica, com alta de 6,5% no ano.
Os setores que mais impulsionaram o mercado de trabalho foram Transporte, armazenagem e correio (+7,8%), Comércio e reparação de veículos (+3,9%) e Construção (+5,5%). Por outro lado, a Agricultura registrou a maior queda no número de ocupados, com recuo de 3,2%.
Com a melhora dos indicadores, o mercado de trabalho brasileiro encerra 2024 em trajetória positiva, impulsionado pelo crescimento da formalização e pela recuperação de setores estratégicos da economia.