Texto final mantém condições favoráveis ao agronegócio e beneficia produtos como café, frutas, etanol e carnes

Após 25 anos de negociações, o acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE) foi finalmente assinado nesta sexta-feira (6). O texto, que não sofreu alterações em relação à versão de 2019 no que diz respeito ao comércio de produtos agropecuários, trouxe boas notícias para o agronegócio do Mercosul. Produtos como café, frutas, etanol e carnes terão tarifas reduzidas ou eliminadas, além da definição de cotas específicas para acesso ao mercado europeu.  

O acordo estabelece a retirada gradual de tarifas para diversos produtos agrícolas, como uvas, abacates, limões, melancias, açúcar, mel e carnes. Destaque para o café brasileiro, que terá alíquotas zeradas em até sete anos, e frutas como abacates e uvas frescas de mesa, que terão livre-comércio imediato. A carne bovina e de aves também contarão com cotas crescentes e redução de tarifas, enquanto produtos como etanol e açúcar terão volumes determinados com tarifas reduzidas.  

A assinatura do acordo, que deve zerar o imposto de importação entre os blocos em até 12 anos para alguns produtos, é vista como um passo histórico na ampliação das exportações do Mercosul à União Europeia. Contudo, países como França e Polônia já expressaram preocupação com a competitividade de seus setores agrícolas, o que pode levar à oposição de nações como Itália, Países Baixos e Áustria à implementação do tratado.